Feira de Santana

População sem ônibus: funcionários das empresas do transporte coletivo param atividades

A principal reclamação dos funcionários é a falta do pagamento do tíquete alimentação, que deveria ter sido pago no 5° dia útil deste mês.

07/04/2014 às 08h11, Por Maylla Nunes

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Daniela Cardoso 
 
Os ônibus das empresas Princesinha e 18 de Setembro não saíram das garagens na manhã desta segunda-feira (7). Os motoristas e cobradores resolveram cruzar os braços e saíram em passeata em direção à prefeitura de Feira de Santana. 
 

 
Segundo Josué de Oliveira, do sindicato dos rodoviários, a greve não foi feita pelo sindicato e sim pelos próprios funcionários, que reclamam de diversas irregularidades. O sindicalista destacou que nenhum ônibus está circulando nesta manhã. 
 

 
A principal reclamação dos funcionários é a falta do pagamento do tíquete alimentação, que deveria ter sido pago no 5° dia útil deste mês, segundo informou o sindicalista. Além disso, os funcionários cobram o pagamento do FGTS, que já estaria há cerca de quatro meses em atraso.  Ele afirmou que se pelo menos os tíquetes forem pagos, os funcionários voltam ao trabalho.
 
“Os funcionários já vinham ameaçando greve. No mês passado houve atraso no salário do pessoal da 18 de setembro e existem as irregularidades, como o corte no dia dos funcionários, a frota de ônibus que está toda desgastada com os carros quebrando, pegando fogo, e as garagens sem estrutura. A direção das empresas culpa o poder público pelas dificuldades que passam, segundo eles, devido à redução da tarifa e por causa do transporte clandestino”, afirmou. 
 

 
Roque Gomes, diretor do Sincol, explicou que a empresa fornecedora dos tíquetes faz o serviço para as duas empresas de ônibus, 18 de Setembro e Princesinha. Ele afirmou que o pagamento dos tíquetes deveria ter sido realizado no sábado (5), mas como era fim de semana, não houve o processamento. “Já tomamos todas as medidas para resolver”, destacou.  
 
O secretário municipal de Transportes e Trânsito, Ebenezer Tuy, informou ao Acorda Cidade que está acompanhando a situação desde cedo e que o diretor do Sincol confirma que o valor referente aos vales refeição já foi creditado junto à empresa que administra. 
 
Segundo o secretário, a transferência é feita de forma eletrônica e sempre ocorre no 5º dia útil de cada mês, que na ocasião foi no fim de semana. Ainda de acordo com o secretário, o diretor do Sincol informou que por questões técnicas, a empresa ainda não repassou esses valores, mas que isso deve ser feito em questão de horas. 
 
“Estamos verificando as informações e temos representantes da secretaria nas empresas dos ônibus. Entendemos que a população não pode ser penalizada com essa situação”, afirmou.  

O vereador Alberto Nery, que é presidente do Sindicato dos Rodoviários, confirmou que o sindicato não teve responsabilidade pela paralisação. Apesar disso, ele afirmou que o sindicato apoia os funcionários, mas repudia a forma como o movimento foi realizado, já que não houve aviso prévio. 
 
“Acho que a situação deveria ter sido resolvida de outra forma, mas já que a paralisação foi feita, esperamos que se encontre uma solução, um acordo. Vamos tentar convencê-los a retornarem ao trabalho para que a gente retome as negociações. Caso a situação não se resolva, outra paralisação poderá ser realizada”, informou. 
 
As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

Fotos: Ed Santos e Paulo José

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