Feira de Santana

Idoso com AVC espera quase três horas para conseguir atendimento no Clériston Andrade

Segundo Pitangueira, o Clériston vai atender apenas pacientes poli-traumatizados, ou em situação de emergência.

02/03/2014 às 16h16, Por Maylla Nunes

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Daniela Cardoso e Ney Silva

O aposentado José Fernandes Ferreira, 71 anos, morador do conjunto Feira IX, sofreu bastante para conseguir ser atendido no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA). No período da manhã, ele sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) em casa, e como mora sozinho, só por volta das 12h que os familiares o socorreram. Uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel) e o encaminhou, por volta do meio dia para o hospital.
 


 
Entre o meio-dia até as 15hs, o aposentado ficou dentro da ambulância do Samu, aguardando o atendimento. A equipe do site Acorda Cidade foi chamada por familiares e manteve contato com o Dr. José Carlos Pitangueira, diretor do Clériston, para saber por que o aposentado não poderia ser atendido. Ele informou que depois das demissões dos servidores, que eram pagos pela prefeitura, o hospital ficou com o quadro de funcionários reduzido e que a partir de agora o Clériston vai atender apenas pacientes poli-traumatizados, ou em situação de emergência (vítimas de tiros, facadas e acidentes de veículos). 
 
Segundo o Dr. Pitangueira, pacientes que estejam com problemas cardiológicos ou qualquer outro que seja clínico, assim como o paciente José Fernandes Ferreira, deve primeiro ir para uma unidade de saúde do município e depois, ao fazer a regulação, é que pode ser levado para o Clériston, caso tenha vaga. Pitangueira disse ainda que tem médico neurologista de plantão no hospital, mas que a regulação é necessária. 
 

 
Momentos depois do contato com o diretor, um médico do Clériston Andrade foi até a ambulância e conversou com o médico do Samu e autorizou que o paciente José Fernandes Ferreira fosse acolhido.
 

 
O sobrinho do paciente, o industriário Gilvan Teixeira Ferreira da Silva, estava bastante aborrecido com o descaso do hospital. Ele explicou que o médico do Samu, que socorreu o tio, informou que o estado de saúde dele era grave e que precisava de atendimento imediato, por se tratar de um AVC. “Ele estava caído no chão, a família foi correndo, chamamos o Samu, que prestou um bom atendimento, mas chegando aqui no hospital ficamos quase três horas aguardando autorização para o paciente ser internado. O hospital deixou a desejar”, afirmou. 

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