Saúde

Médicos do Samu ameaçam pedir demissão coletiva

Os profissionais cobram melhorias de trabalho, realização de um concurso público, além de outras reivindicações.

21/01/2014 às 18h56, Por Maylla Nunes

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Daniela Cardoso 

Os médicos do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), desde o ano passado, vêm tentando um processo de negociação junto à prefeitura de Feira de Santana, cobrando melhorias de trabalho, além de outras reivindicações. A informação foi confirmada pelo presidente do Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia, Francisco Magalhães, na manhã desta terça-feira (21), durante o programa Acorda Cidade. Segundo ele, caso as reivindicações não sejam atendidas até o dia 25 de fevereiro, os médicos irão pedir demissão coletiva. 
 
“As condições de trabalho são bastante precárias, o número de médicos é muito pequeno e além disso, nos últimos cinco anos não houve correção salarial. Aliado a tudo isso, queremos a realização de um concurso público imediato”. 
 
Francisco Magalhães informou que encaminhou ao prefeito José Ronaldo um pedido para que ele abrisse, de imediato, um canal de negociação, e que a pauta fosse atendida. “Ele nos respondeu com um ofício dizendo que tomaria providências com relação às questões da condição de trabalho e sobre a contratação de um novo médico, mas não falou sobre as outras propostas”, afirmou. 
 
O presidente do sindicato dos médicos informou, ainda, que o Ministério Público do Trabalho (MPT) já teve contato com a prefeitura de Feira, estabelecendo a necessidade de um concurso público e que uma reunião para definir a situação deve ser realizada ainda essa semana. Segundo ele, atualmente, os médicos do Samu são contratados através do Reda.
 
“Tivemos concurso em Salvador e em outras cidades do interior da Bahia. Estamos esperando que exista bom senso aqui em Feira de Santana também. Nós estamos querendo buscar essa negociação e esperamos conseguir. Feira é a maior cidade do interior do nordeste e precisa de um Samu que atenda às necessidades da população. Esses médicos estão buscando não só pela melhoria do serviço dele, mas acima de tudo, para oferecer um serviço qualificado à população”, destacou.
 
Secretária fala sobre as reivindicações feitas pelos médicos 
 
Em resposta, a secretária municipal de Saúde, Denise Mascarenhas, afirmou que assumiu a secretaria e, em seguida, no mês de março, recebeu um documento sobre a situação estrutural. Segundo ela, em dezembro foi convocada uma nova reunião, no dia 19, para conversar com os médicos e mostrar os avanços, mas dos 22 profissionais, apenas 1 esteve presente. 
 
Logo após os festejos natalinos, segundo Denise, o prefeito José Ronaldo recebeu um documento, que foi enviado pelo Sindmed (Sindicato dos Médicos). Diante do documento, ela disse que convidou o presidente do sindicato, e que o prefeito emitiu uma resposta informando as condições do município. 
 
Quanto à reivindicação de um terceiro médico, Denise disse que a possibilidade não foi descartada. “Só podemos fazer isso depois que resolvermos a questão do termo de ajuste de conduta, que já existia no Público do Trabalho e Federal. Lemos o documento e assim enviamos de volta. Agora estamos aguardando para que possamos começar efetivamente a regionalização do Samu”, explicou.
 
Sobre a realização de um concurso público, a secretária disse que não existe uma permanência no Samu, e que teria que ser um concurso a nível de urgência e emergência. 
 
Já com relação ao reajuste salarial reivindicado pelos médicos, Denise disse que já informou que não existem condições financeiras, já que o município está regionalizando o Samu e arca com 70% das despesas. Além disso, segundo ela, existe a lei de responsabilidade fiscal. 
 
“Eu acredito no senso de responsabilidade dos profissionais de saúde. O Samu é um serviço de urgência e emergência e o município não está de portas fechadas para uma negociação”, finalizou.
 
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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