Educação
Aulas no campus da UFRB em Feira de Santana começarão em outubro, garante reitor
O reitor da UFRB disse, durante a visita a Famfs, que está com dois prédios, já em negociação, para a instalação provisória do Campus.
18/02/2013 às 15h51, Por Maylla Nunes
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Daniela Cardoso
Uma visita à Fundação de Apoio ao Menor de Feira de Santana (Famfs) foi realizada, nesta segunda-feira (18), pelo deputado estadual e líder do governo, Zé Neto (PT), e pelo reitor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Paulo Gabriel Nacif. O reitor conheceu a área da Fazenda do Menor, instalada no bairro Aviário, onde analisou a possibilidade de participar do arranjo, junto ao Governo do Estado, que visa recuperar a funcionalidade da Fundação e também a possibilidade de parte da área da Famfs servir para instalação do novo campus da UFRB.
Paulo Gabriel afirmou que não tem uma resposta definitiva sobre a instalação do campus da UFRB em uma área da Famfs. Ele disse que deverá ter essa resposta daqui há, em média, três semanas. “Se essa área puder ser vizinha a instituição será bom, pois fortalecerá o projeto. Mas ainda estamos fazendo uma visita inicial, onde técnicos desenvolverão um relatório e apresentarão soluções. Essas conclusões serão encaminhadas ao MEC (Ministério da Educação) que dará a palavra final”, afirmou. Paulo Gabriel disse ainda que, após a escolha definitiva do terreno, a construção deve durar um ano.
Área provisória
O reitor do UFRB disse que está com dois prédios, já em negociação, para a instalação provisória do Campus. Ele assegurou que as aulas da instituição em Feira de Santana começarão no final de outubro, no início do segundo semestre letivo de 2013, e informou que após a apresentação do relatório, será informado o local.
O deputado Estadual Zé Neto, avaliou a visita como produtiva e afirmou que até o fim do mês espera já ter uma definição. Segundo o deputado, caso o campus seja construído em uma área da Famfs, já terá toda a insfraestrutura necessária para o funcionamento adequado. “Se o campus não for construído no centro da cidade, nós iremos ter que fazer asfalto, saneamento, vamos ter que trabalhar junto a Coelba para o fornecimento de energia e junto a Embasa para o fornecimento de água”, explicou.
De acordo com o reitor da UFRB, a área para a instalação do campus, segundo estudos do MEC, tem que ter no mínimo 60 hectares, mas considerando as dificuldades de localizar a área em Feira de Santana, está sendo considerada a possibilidade de ter um terreno acima de 35. Inicialmente a área estimada seria de 80 hectares, caso seja escolhida a Famfs diminuirá para cerca de 50.
Cursos
O reitor Paulo Gabriel informou que inicialmente, o campus da UFRB em Feira de Santana, irá ofertar bacharelado interdisciplinar em Ciência e Tecnologia em, pelo menos, cinco terminalidades de Engenharia – de Produção, Química, Energia, Computação e Mecânica. “Também estamos discutindo o curso de Arquitetura e Urbanismo e já está aprovado o curso de licenciatura em Educação do Campo, que deve atender a todo semi-árido da Bahia. Posteriormente, será disponibilizado o curso de Economia”, afirmou.
Dívidas trabalhistas da Famfs
Dílson Barbosa, advogado da Famfs, também acompanhou a visita. Ele afirmou que a dívida, de aproximadamente 1 milhão de reais, é resultado de cerca de 80 causas trabalhistas. Dilson afirmou que se Fafms conseguir pagar esse débito, o problema estará 90% resolvido. “Esse valor está em execução. Uma boa parte já com bens penhorados, inclusive haverá bens em leilão ainda essa semana”, afirmou.
O advogado defendeu que uma contrapartida deveria ser aberta para que a UFRB pudesse liquidar os débitos trabalhistas. Ele afirmou que as autoridades devem ter sensibilidade e não ficar paradas.
“A Famfs tem mais de 100 milhões em investimentos e está com o problema de 1 milhão de reais, ou seja 1% do patrimônio que está aqui envolvido. Só que a Famfs construiu tudo isso em terreno do Estado e não pode tomar um empréstimo no banco, pois a escritura está em nome do governo”, explicou.
Além do reitor da UFRB, do deputado Zé Neto e do advogado Dílson Barbosa, várias outras autoridades acompanharam a visita. Eles percorreram as áreas das fábricas de piso sintético, de bolsas e de costura.
As informações e fotos são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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