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A tradicional Micareta de Feira de Santana já teve início, mas a folia dos blocos afro durante os festejos ainda vai começar. Com o apoio do projeto Ouro Negro, 13 blocos afro desfilam no circuito Maneca Ferreira no sábado (21) e mais um vem para encerrar a festa no domingo (22). O projeto é uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura da Bahia (SecultBA).
A programação de sábado, terceiro dia de Micareta de Feira e primeiro dia de Ouro Negro, começa cedo, a partir das 9h. Quem abre alas é o bloco Brasil Meu Samba, trazendo muita animação e samba no pé para o folião que já quer começar o dia pulando. Em seguida, para fazer uma micareta de paz não pode faltar a passagem dos afoxés, que vêm representados pelos Filhos de Nanã, Guian Filhos de Oxalá, Filhos D’Oguian e o Feira Axé. O Bloco Afro Nelson Mandela, que reverencia o presidente sul africano que este ano completaria o seu centenário, desfila às 10h40, seguido por mais um afoxé, o Filhos de Ogum. A festa continua com os blocos afro Zumbi dos Palmares, Tambores Urbanos, Sorriso Negro e Flor de Ijexá. O último bloco do projeto Ouro Negro a sair na parte do dia é o Nativos de Santana, que tem desfile marcado às 12h40.
A noite de sábado traz o reggae de balanço envolvente do Bloco Quilombo, que desfila às 21h, também no Maneca Ferreira. A atração principal do bloco é a banda Dissidência, que convida a Banda Papoula.
Encerrando o Ouro Negro de Feira 2018, o bloco Quixabeira da Matinha desfila às 17h de domingo, último dia da Micareta de Feira de Santana. Com o lema “Quilombo, Luta e Resistência”, eles desfilam com a banda do bloco, que tem como principal vertente o samba de roda.
Sobre o projeto – O projeto Ouro Negro oferece importantes subsídios para o apoio de agremiações de matrizes africanas e tradicionais dentro dos circuitos do Carnaval de Salvador e na Micareta de Feira de Santana. Desta forma, é promovida a preservação e valorização da presença destes blocos, com o desfile em alas e roupas tradicionais, assim como a maior participação da juventude, transmitindo o legado para as novas gerações. Dentro de suas comunidades, estas entidades contribuem para o desenvolvimento social através de projetos que estimulam a construção de uma cultura cidadã.