
No último sábado (20), o prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo de Carvalho, sancionou a Lei nº 4.386, que oficializa, institui e inclui o Arrastão da Micareta no Calendário Oficial de Festas Populares ou evento da cidade.
Apesar da aprovação quase unânime, algumas pessoas, especialmente as que trabalham com o setor de comércio, demonstraram preocupação com a oficialização deste evento.
O Sindicato do Comércio de Feira de Santana (Sicomércio), por meio do presidente Marco Silva, ratificou como a festa pode afetar o comércio da cidade.
“Do nosso ponto de vista, a gente sente realmente que não é favorável, principalmente para aquelas empresas ali, da [Avenida] Presidente Dutra, que já são prejudicadas por mais de 30 dias, quando começa a montagem da festa até a retirada. E já na segunda-feira, em vez de voltar, pelo menos, vão atentar a uma normalidade, a gente vai ter uma festa ainda, uma ampliação da festa, e esses empresários, em especial, ficam prejudicados. Mas não só eles, toda cidade sofre a questão de sua mobilidade e tudo isso”.
De acordo com o presidente do sindicato, muitas pessoas acreditam que seria melhor investir nos dias oficiais da Micareta, para fortalecer o evento.
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Além disso, Marco também chamou atenção para a importância da Micareta para a cultura de Feira de Santana, apesar de afirmar que o evento ainda não traz grandes retornos econômicos, como o Carnaval de Salvador.

“Salvador arrecada com o Carnaval mais de 6 bilhões de reais. Feira de Santana não conseguiu fazer da Micareta ainda uma festa que traga recursos. Ou seja, o poder público, tanto municipal quanto estadual, gastam muito na festa, que é importante para o nosso povo, para a nossa cultura. Mas, efetivamente, em termos econômicos, é um modelo que ainda não está viabilizado. A própria prefeitura reclama que está indo atrás de patrocínio para que essa festa seja viável economicamente”.
Marco Silva também disse que, mesmo discordando, o Sicomércio entende que tudo isso faz parte do processo e da democracia.
“Então, eu desejo realmente que a festa seja uma festa organizada na sua mobilidade, que tenha patrocínios e que a prefeitura não tenha um impacto muito grande nos cofres municipais”.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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