Andréa Trindade

O diretor da Central Mix, Erivaldo Cruz, abordou alguns pontos da Micareta de Feira de Santana, realizada este ano entre os dias  28 de abril e 1º de maio.

Durante entrevista no programa ACORDA CIDADE, na Rádio Sociedade de Feira, ele elogiou a festa, mas fez críticas referentes a alguns pontos da organização, principalmente no local de concentração dos trios e da presença de vendedores ambulantes com carros de mão no meio de público, durante a passagem dos blocos.

“Em alguns pontos eles (organizadores) perderam o controle da festa. Quando Psirico passou não tinha menos de dez pessoas no 'Corredor da Folia' e entraram vendedores com carros de mão no meio do público com duas caixas térmicas em cima, vi pessoas tropeçando e caindo”, disse alegando que não deveria ser permitido a passagem de vendedores ambulantes com carros de mão  no meio do público, arriscando a segurança das pessoas que podem se machucar.


“Em cima do trio  a gente viu os absurdos que acontecem nesta festa. As autoridades deveriam desfilar nos trios observando o que acontece embaixo”, sugeriu lembrando que, quando a banda Chiclete com Banana passou algumas barracas foram derrubadas e que o vocalista Bell, precisou parar várias vezes por causa disto.

De acordo com Erivaldo, o “Corredor da Folia” é de responsabilidade de quem organiza a festa  e  deveria impedir a entrada de pessoas em número superior a capacidade.

“Isso é superlotação, que é perigoso e pode acontecer uma tragédia (…). Não existe carrinho de mão dentro do circuito em lugar nenhum, só em Feira,” observou e disse mais: “A pista de desfile é de desfile e quem quer beber vai até o local onde tem barracas.”

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Saída de trios – Van do Psirico é barrada


Erivaldo  disse ainda que este ano muitas atrações deixaram de se apresentar porque não encontraram os trios. Ele contou que o Psirico,  atrasou e outras atrações passaram na frente, mas quando  Márcio Vitor chegou numa van, o veículo foi barrado.

“Uma pessoa desinformada disse que lá não entrava van, nem com artista nem sem artista, apenas carro de apoio, e que o cantor  deveria ir andando. Isso é um desrespeito com o artista e com o público que está esperando a apresentação”, desabafou.

Erivaldo  tentou falar com o secretário de Cultura e Esporte e Lazer, Euclides Artur e com o diretor de Eventos, Naron Vasconcelos, mas não conseguiu porque, segundo ele, nenhum deles atenderam o telefone e  se não fosse o vereador Tom, que chegou no momento para autorizar a passagem do trio, o bloco não sairia.


Mais adiante o diretor da Central Mix disse que havia  outra pessoa que, não era da SMT (Superintendência Municipal de Trânsito), que chamou a patrulha para prender o diretor do bloco e  obrigar o trio sair sem o vocalista da banda.


“Pela primeira vez na minha vida eu ouvir dizer que o artista não pode entrar na festa para tocar porque ali não podia passar. Qualquer pessoa que esteja trabalhando deve ser respeitado”,disse.

Erivaldo parabenizou o grande público que participou da Micareta este ano e a iniciativa e a coragem do prefeito Tarcízio Pimenta em contratar as grandes atrações da festa. 

Segundo ele, os blocos não têm mais condições de trazê-los. Sobre a venda de blocos e camarotes ele esclareceu que se não houver melhorias nas condições das festas, as pessoas  vão procurar outros lugares e que quem não pode pagar abadas caros, vão continuar comprando os de pagode, que são mais baratos.

Ele ressaltou que o camarote de Dj Agenor e o Micarote estão sempre cheios porque oferecem boas condições a pessoas, têm melhor visibilidade dos trios e fica próximo ao camarote da TV.
“É uma avaliação muito simples, se não oferecem melhores condições na Micareta de Feira, os foliões que tem condições vão para outro lugar”, concluiu.