O bar e restaurante Limão Drink’s foi interditado nesta segunda-feira (20) pela Vigilância Sanitária de Feira de Santana. O estabelecimento funciona há 40 anos na Avenida Getúlio Vargas, no centro da cidade, sendo bastante conhecido e utilizado inclusive como ponto de referência da região próxima a Praça de Alimentação.
A reportagem do Acorda Cidade conversou com João da Paixão, um dos sócios que explicou o motivo da interdição.
“Alegam que a cozinha não tem espaço para funcionar como restaurante, que não está dentro dos padrões da Vigilância Sanitária. O Ministério Público tinha marcado uma audiência comigo dia 5, junto com a Vigilância Sanitária, para a gente conversar a esse respeito. E não chegou nem a esperar o dia 5, fecharam antes da data determinada pelo Ministério Público.”
De acordo com João, o outro motivo da audiência ser agendada era também para resolver uma pendência com a Embasa relacionada à qualidade da água utilizada.
“Houve uma reclamação da Embasa aqui, porque a gente usa água de poço. E aí a gente comprou um aparelho, colocou aqui para poder melhorar a água. A água já está 100% boa, já foi testada, botou um aparelho aqui para clorificar como eles pediram.”
Diante da situação, João relatou que com a intenção agora é fechar o estabelecimento de vez.
“A gente recebeu isso com surpresa. O espaço físico que a gente tem aqui é esse, não tem mais espaço. Aqui era 10 empregos diretos, agora eu vou fechar e tudo indica que eu não vou mais reabrir”, contou.
De acordo com o secretário de Saúde, Rodrigo Matos, a medida veio a pedido do Ministério Público.
“Não foi uma ação de rotina da Vigilância Sanitária. A Vigilância Sanitária foi demandada pelo Ministério Público desde 2023, é uma ação antiga. A vigilância já foi no estabelecimento por outras vezes, foram feitas as devidas notificações e a solicitação para ajustes referentes ao estabelecimento. Como os ajustes não foram cumpridos, o Ministério Público voltou a demandar da gente uma posição, a área técnica da vigilância sanitária fez a visita e entendeu que do ponto de vista sanitário era necessária interdição.”
Em entrevista ao Acorda Cidade o secretário pontuou que a vigilância tem o dever de avaliar a segurança do local para as pessoa que frequentam. Rodrigo Matos acrescentou também que o estabelecimento pode realizar as correções solicitadas e pedir a desinterdição se for do desejo dos proprietários.
“Isso não impede que o estabelecimento faça as adequações e volte a funcionar, que é isso que a gente quer. A vigilância deve ser orientação. O prazo agora está com o estabelecimento, a partir do momento de correção dos fatos que motivaram a interdição, o responsável legal, faz a solicitação de desinterdição. E aí uma equipe da vigilância vai, verifica se está tudo ok, estando tudo ok, abre-se o estabelecimento, é isso que a gente deseja sempre, até porque a gente entende que a economia precisa girar, mas precisa girar com segurança e com respeito às leis sanitárias”, ressaltou.
O espaço físico do Limão Drink’s pertence aos sócios que também são irmãos. João mencionou que provavelmente irá planejar outras possibilidades de negócio para o local, pois não tem mais interesse em continuar no ramo de alimentação.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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