Andréa Trindade
Cerca de 200 estudantes de Feira de Santana se concentraram por volta das 15h desta terça-feira (22) em frente ao Instituto de Educação Gastão Guimarães para protestar contra o aumento da passagem de ônibus na cidade.
Acompanhados por um carro de som e uma guarnição da Polícia Militar, os manifestantes seguirão a pé até a prefeitura onde aguardam uma comissão representando o governo municipal para discutir a questão do aumento aprovado pelo Conselho Municipal de Transportes.
O trânsito foi interrompido por mais de uma hora entre o cruzamento da avenida Getúlio Vargas, com a rua J.J. Seabra, em virtude do bloqueio feio pelos estudantes que se posicionaram no local impedindo a passagem dos veículos, nem mesmo as motocicletas puderam passar.
Os condutores foram orientados pela polícia a desviar em frente ao módulo policial situado no estacionamento ao lado da Prefeitura. O fluxo de veículos conde do Rio Branco e Conselheiro Franco, além de parte da J.J. Seabra.
O aumento
O valor da tarifa de ônibus proposto na última sexta-feira (18) durante reunião do Conselho Municipal de Trânsito apresenta reajuste de 10,5%, o equivalente a R$ 2,37, que poderá ser reduzido a R$ 2,35. O valor ainda será avaliado pelo Poder Executivo.
O secretário municipal de Transportes e Trânsito, Flailton Frankles, explica que o valor da passagem corresponde ao resultado da divisão dos custos necessários.
De acordo com a Secretaria Municipal de Comunicação (Secom) a tarifa do transporte coletivo urbano em Feira de Santana é baseada na Planilha GEIPOT, elaborada pelo Grupo Executivo de Integração da Política de Transportes, do Ministério dos Transportes. A metodologia é utilizada nas cidades de médio e grande porte do país e consiste no cálculo de todos os custos variáveis e fixos, além dos insumos básicos do serviço.
O secretário disse ainda que a planilha afere todos os custos relativos a insumos e demandas do serviço. “Os custos variáveis mudam em função da quilometragem percorrida pela frota, quando é calculado o gasto com combustível, lubrificantes, rodagem, peças e acessórios. Já os custos fixos independem da quilometragem percorrida pela frota, como o custo de capital, despesas com pessoal e despesas administrativas”, pontua Frankles.
Com infornações do repórter Ney Silva, do programa Acorda Cidade.
Fotos: Ney Silva