Feira de Santana

Trabalhadores da secretaria de Serviços Públicos param atividades por atraso nos salários

Rosalvo Ferreira, diretor do Sintralp, sindicato que representa a categoria, informou que a empresa AVI, responsável pela contratação dos trabalhadores, não pagou por falta de repasse da prefeitura.

Laiane Cruz

Cerca de 120 trabalhadores terceirizados da área de parques e jardins da Secretaria de Serviços Públicos (SSP) da prefeitura municipal de Feira de Santana cruzaram os braços na manhã desta quinta-feira (17) para cobrar o pagamento dos salários atrasados.

Rosalvo Ferreira, diretor do Sintralp, sindicato que representa a categoria, informou que a empresa AVI, responsável pela contratação dos trabalhadores, não pagou por falta de repasse da prefeitura. “A empresa é de Salvador e o escritório dela em Feira é na mala. Tem que ter o bom senso porque os trabalhadores não têm o transporte, salário, botijão, conta de luz está atrasada”, afirmou.

Ele afirmou ainda que muitos trabalhadores se queixaram de estar sofrendo ameaças de demissão por parte da direção do setor, e que 35 deles já estão de aviso prévio, porque se recusaram a trabalhar em protesto pela falta de pagamento.

Outro trabalhador, que é maquinista, disse que estava de férias e não participou de uma manifestação que ocorreu no dia 15. Ele afirmou que foi à sala da direção cobrar o pagamento das férias e agora está de aviso prévio.

O diretor do Departamento de Áreas Verdes, Deodato Peixinho, negou que esteja fazendo ameaças aos funcionários. Ele informou que se reuniu com os trabalhadores e pediu que os líderes das turmas convocassem os grupos e sinalizassem a vontade de trabalhar.

“A empresa regularmente tem dez dias de atraso. Então eu acho que é muito barulho para uma pequena situação. Há dificuldade, mas eu acho que existe uma situação muito exagerada para o que está acontecendo. Essa questão de forçar, de demitir e ameaçar é mentira. Reconheço o sindicato como representação, mas eu tenho um comportamento linear de respeito aos funcionários. Houve demissões, mas foi em função da adequação que o município está fazendo dentro do seu plano de recursos atual. Nós tivemos demissão em torno de 25 a 30%”, disse o diretor.

De acordo com secretário de Serviços Públicos, Ìcaro Ivvin, a prefeitura está em dias com a empresa terceirizada, restando apenas o mês de outubro, pois a fatura ainda não foi fechada. Entretanto, a empresa responsável por prestar o serviço alegou dificuldade de liquidez devido ao fluxo de caixa para o pagamento.

“A prefeitura precisa da continuidade dos seus serviços e notificou a empresa para que no prazo de cinco dias se manifeste e faça os pagamentos. Por outro lado, nós estamos mantendo a conversação com os nossos trabalhadores e o sindicato para chegarmos a um consenso para melhor solucionar essa situação. A paralisação prejudica a limpeza das áreas verdes e a poda de árvores. Mas nós vamos ajustar e tenho certeza que a situação vai se normalizar”, afirmou o secretário.

As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade.