Andrea Trindade
Cerca de 1.800 funcionários da empresa Pirelli, em Feira de Santana, entraram em greve. De acordo com Florisvaldo Campos, diretor do Sindboracha, sindicato que representa a categoria, os trabalhadores pararam as atividades na fábrica às 23h de domingo (19), com o objetivo de reivindicar direitos trabalhistas.
“A empresa não está aceitando negociar a data base, que é agora em junho. Na verdade a empresa até veio negociar, mas está oferecendo propostas muito aquém do que é de direito. Tivemos algumas reuniões com a empresa e assembleias com os trabalhadores, e eles rejeitaram a proposta da empresa e paralisamos todas as atividades da fábrica”, disse o sindicalista ao Acorda Cidade.
Florisvaldo disse que a Participação nos Lucros Reais (PLR) da Pirelli, do ano passado foi dez de mil reais para cada trabalhador, pagos em duas vezes no ano, sendo 80% do valor na primeira parcela. O sindicato pede 13 mil reais este ano, além da inflação e ganho real.
“Mas a empresa vem com uma proposta ridícula de cinco mil reais de PLR, muito abaixo do que foi no ano passado, e reajuste de 7%, sendo um agora e 1% em janeiro. Ela também está querendo mudar nosso acordo de um ano para dois anos, para fracionar aumentos”, explicou.
Fotos: Ed Santos/Acorda Cidade
De acordo com Florisvaldo, outras fábricas da Pirelli no Brasil também entrarão em paralisação. Ele destacou durante entrevista ao Acorda Cidade que o setor de pneumáticos está crescendo, apesar da crise econômica no país, e a Pirelli é líder no mercado, exportando inclusive para o México e Estados Unidos.
A paralisação é por tempo indeterminado até que a empresa negocie com os trabalhadores, apresentando propostas que possam ser aceitas pela categoria.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade