Daniela Cardoso
Técnico-administrativos e professores da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) paralisaram as atividades e realizaram um ato público na manhã desta quarta-feira (18), no cruzamento entre a Getúlio Vargas e a Senhor dos Passos. Estudantes do curso de Psicologia também participaram do protesto, com o objetivo de chamar atenção para a crise que a universidade enfrenta.
De acordo com o professor André Uzzeda, que é diretor da Associação dos Docentes da Uefs (Adufs), o objetivo do protesto é denunciar a crise por que passa a universidade, devido à falta de repasses dos recursos da ordem de 12 milhões de reais por parte do governo do estado para a instituição.
“Essa falta de recursos afeta as atividades-fins de ensino, pesquisa e extensão. O governo decidiu não contratar 60 professores, além de 72 servidores técnicos, o que impacta no próximo semestre numa perspectiva de 180 turmas não ofertadas. O departamento de saúde faltará e isso é muito ruim para a universidade”, afirmou.
O professor disse ainda que a paralisação dos técnico-administrativos e professores é somente no dia de hoje, mas que a categoria está se organizando para que essa mobilização continue nos próximos dias. Além disso, os estudantes do curso de Psicologia já decretaram greve.
“Se a situação continuar vamos entrar em greve e o próximo semestre não será iniciado. A gente quer que o governo perceba que temos força, que podemos pressioná-lo. O governo não tem um gesto de reconhecimento, é só ataque. O governo não demonstra nenhum sentimento pela universidade e o impacto do não repasse de recursos já é sentido nas salas de aula, banheiros; nosso trabalho é prejudicado a todo momento”, destacou.
Nota de esclarecimento
A Reitoria da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) informa que sobre as nomeações dos novos concursados a Procuradoria Geral do Estado (PGE) comunicou, durante a reunião que ocorreu na última semana, que consultará o Tribunal de Contas do Estado sobre o assunto e que, caso o órgão emita parecer favorável às nomeações, os cronogramas dos concursos da Uefs poderão ser mantidos como previstos.
A Administração Central da Universidade reconhece os prejuízos da não convocação dos novos concursados e permanece em constante defesa da causa junto às instâncias competentes.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade