Rachel Pinto
Diante do cenário de crise atual, os taxistas de Feira de Santana se queixam do baixo movimento na atividade, das dificuldades do dia-a-dia, principalmente em relação à concorrência com os transportes clandestinos que atuam na cidade e acabam levando um grande número de passageiros.
Ricardo Prado taxista, colaborador da empresa Fone Táxi, destacou que a crise financeira que atinge o país chegou também para a classe dos taxistas. De acordo com ele, em Feira de Santana existe uma realidade difícil, um momento de crise, relacionado especialmente com a concorrência dos transportes clandestinos. “A concorrência é desleal, desonesta e muito grande. Eles não tem um tipo de parâmetro. Durante o dia tem fiscalização, mas a noite não tem. Eles param no ponto de ônibus e começam a chamar os passageiros”, disse.
Segundo Ricardo, além da disputa com os clandestinos, os taxistas percebem a baixa no movimento pelo motivo que muitas pessoas estão optando por economizar e evitam pegar os táxis. “As pessoas estão economizando como podem. Às vezes vão até a pé e não ligam para os táxis. Mas, a crise maior é o problema dos ligeirinhos porque como eles cobram qualquer preço, muita gente prefere pegar. Mas, eles são diferentes da gente porque somos regulamentados e temos que cumprir as normas”.
Reajuste da Tarifa
Hoje às 19:30 haverá em Feira de Santana, uma assembleia com os taxistas para discutir o aumento da tarifa. Para Ricardo será um momento de discussão onde a classe vai decidir coletivamente como proceder.
Liomar Ferreira, presidente do sindicato dos taxistas, reforçou sobre o problema do transporte clandestino na cidade e que a decisão do reajuste da tarifa será encaminhada durante a assembleia. “A atividade do transporte individual em nossa cidade vem sofrendo há muito tempo e uma das causas está muito direcionada a questão da clandestinidade que não afeta só a nós, afeta também ao transporte coletivo no âmbito público. São tantos meios considerados clandestinos que já perdemos a conta. A proposta será apresentada na assembleia para discussão. Se o momento não é oportuno para aumentar, a classe vai decidir isso na reunião. Se a hora é de aumentar é porque o pedido de aumento foi deliberado nessa assembleia”.
O presidente do sindicato informou que a bandeirada atualmente dos taxistas está com o valor de R$ 4,50. Caso a tarifa aumente, sofrerá um reajuste de 12%.
Inovação
Fábio Vacareza, presidente da empresa Fone Táxi contou que houve uma queda de 20 a 30% no movimento. Muitos taxistas demoram horas no ponto a espera de um cliente e o número de corridas está bastante reduzido. Devido a isso, a empresa tem buscado novas ferramentas de fidelização do cliente. Uma delas é atrelada a tecnologia e a implantação de um aplicativo de celular que conecte diretamente o taxista ao passageiro e vice versa.
Com informações e fotos do repórter Paulo José do Acorda Cidade