O deputado federal Zé Neto (PT) explicou, em entrevista ao Acorda Cidade, os motivos que têm atrasado o início efetivo das obras de duplicação do Anel de Contorno de Feira de Santana. Segundo ele, questões técnicas identificadas durante as sondagens do solo exigiram uma revisão completa do planejamento. O canteiro de obras também está sendo montado.
“Houve realmente um problema com o canteiro. Foram feitas as perfurações necessárias para fazer as sondagens de terreno e, infelizmente, a gente viu uma situação que teve que ser totalmente revisada. Naquele espaço onde estava o canteiro de obra anterior, aconteceu que lá encontraram várias tubulações, inclusive, da Embasa, tanto de esgoto como também de água, e ali inviabilizou a permanência, porque vão ser máquinas muito pesadas que vão circular ali por dentro”, explicou.
Segundo ele, a ausência de plantas estruturais do contorno dificultou ainda mais o andamento da obra.
“Não há uma planta com relação nem à parte hidráulica, nem à parte de saneamento, nem à parte de fornecimento de água. Tudo isso tem que ser feito com sondagem. Drenagem é uma loucura. Eles me mostraram aqui as dificuldades que estão encontrando com relação à drenagem daquela região toda do contorno, daqueles sete quilômetros e pouco.”
O deputado informou que o projeto contempla três viadutos e cinco passarelas, e que o início da execução depende da conclusão da sondagem do solo.
“Para você fazer a sondagem de solo como está sendo feito, tem que ter paciência, não tem jeito. Eu até pensei que fosse recurso, fui para Brasília procurar saber se tinha, porque as empresas às vezes não querem estar se expondo. Não era isso. Depois eu conversei com o representante da empresa. Não é recurso. O que há é uma necessidade mesmo estratégica de fazer planejamento e só vai atacar a obra de forma mais intensa quando já tiver condição de toda a parte de solo ser trabalhada com exatidão.”
Zé Neto afirmou ainda que há diálogo constante entre o consórcio responsável, representantes comunitários e o poder público, buscando minimizar os impactos no trânsito e atender às demandas locais.
“Tudo isso, inclusive, a gente já teve duas reuniões com eles. A gente fez há poucos dias uma reunião com a presença de representantes de associações, representantes de sindicatos, tanto de comércio como de trabalhadores. Eles deram toda a atenção, ouviram tudo.”
Quanto ao prazo de conclusão, Zé Neto explicou que o cronograma inicial previa o término da duplicação até o final de 2026, mas reconheceu que imprevistos podem alterar o calendário.
“A previsão era até o ano que vem, final de 2026. O que está se prevendo era isso. Agora, eu não sei, porque já aconteceram coisas aí que não estavam no planejamento, no cronograma. Esses problemas mesmo de parte estrutural não estavam”, disse.
O consórcio responsável pela execução é o Coesa, formado por duas empresas com experiência em obras de grande porte. Segundo o deputado, o grupo tem mantido um diálogo aberto com as lideranças da cidade.
O deputado feirense ainda reafirmou seu compromisso com Feira de Santana e o desejo de ver a cidade mais estruturada.
“Estou lá em Brasília, estou aqui em Feira também, lutando por minha cidade, que vocês sabem, eu amo muito. A gente deixou o nosso agente acostumar muito com uma cidade suja, esquecida. E é isso, eu gosto muito da cidade. Contem comigo aí nessa luta pelo contorno. A gente vai ter a avenida mais bonita da Bahia, vai ser essa avenida de contorno aí.”
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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