Daniela Cardoso e Ney Silva
Um ato público realizado na manhã desta sexta-feira (7), no Centro de Feira de Santana, reuniu mulheres policiais militares e profissionais de outros setores. Trajando camisa branca com a frase ‘Não Somos Mulheres Maravilhas. #SomosTodasIguais’, o objetivo foi conscientizar as mulheres e chamar a atenção da sociedade contra a violência e também em solidariedade à subtenente Wagna Soares, assassinada na semana passada.
A professora Marly Caldas apoiou o movimento. “Estamos em um momento muito difícil, em que a sociedade se cala diante de um problema que é tão sério. Há muito tempo que a mulher sofre abuso sexual, sofre violência em casa, na família e a grande maioria tem vergonha de denunciar”, disse.
A professora acrescentou que independente de qualquer profissão, são mulheres que não devem ficar caladas. Ela citou o sofrimento da subtenente Wagna Soares, que sofreu calada e acabou morrendo. “Estamos aqui realmente para conscientizar as mulheres que elas precisam falar, precisam denunciar”, destacou.
A comerciante Cristiana Brito foi vítima recentemente de violência praticada pelo companheiro e foi para o ato apoiar a iniciativa. “Temos que provar para todo o mundo que nós mulheres somos iguais aos homens, perante a Deus e a sociedade”, afirmou.
Sobre a agressão, Cristiana disse que demorou para que o companheiro dela fosse punido. Segundo ela, o mandado de prisão tinha sido expedido em novembro do ano passado e somente no dia 4 de abril conseguiu pegá-lo, porque a Vara de Violência Doméstica não encaminhou o documento para a Polícia Civil.
As mulheres se concentraram na Praça Dom Pedro II (Nordestino) e seguiram em caminhada pela Avenida Senhor dos Passos, em direção à prefeitura.
Fotos: Ney Silva/Acorda Cidade