Solenidade marca comemorações pelos 71 anos da Rádio Cultura

^{Andrea Trindade}

A Rádio Cultura está completando 71 anos de serviços prestados em Feira de Santana nesta terça-feira (28),e para marcar a data, uma solenidade foi realizada na sede da emissora com a presença de vários radialistas e autoridades.

O diretor da rádio, o comunicador e deputado estadual, José de Arimateia, disse que a Rádio Cultura faz parte da história da cidade, e que vários profissionais de imprensa já passaram pela emissora.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“A Rádio Cultura faz parte da história da comunicação de Feira de Santana. É a segunda rádio que chegou à Feira, a primeira foi a Sociedade, e ela tem sido como uma faculdade. Vários profissionais em atuação hoje passaram pela rádio cultura. Se você for fazer uma pesquisa, 90% teve seu momento aqui e a rádio hoje está mais forte ainda porque migrou para a FM. Antes era AM 700 e agora é FM 107.1, a rádio da família (…). A história política de Feira de Santana e da Bahia e a nível de Brasil, também foi marcante aqui na Rádio Cultura, com vários entrevistados importantes como governadores e presidentes”, declarou.

No período da Ditatura Militar, a Rádio Cultura ficou fora do ar por 15 dias em 1974, após uma entrevista do então deputado federal Francisco Pinto. Na ocasião, o parlamentar reiterou críticas ao presidente do Chile, general Augusto Pinochet, presente em Brasília para a posse do presidente Ernesto Geisel.

Por conta do discurso, o deputado foi processado com base na Lei de Segurança Nacional, ficou seis meses preso em Brasília e sua entrevista na rádio de Feira de Santana foi usada como peça do processo contra ele. Também por causa do discurso do parlamentar reproduzido na emissora. As palavras foram consideradas ofensivas ao presidente estrangeiro.

Foi aberto um processo de cassação, e a emissora só foi reaberta em julho de 1985, dez anos depois.

A história é contada no livro do jornalista Dimas de Oliveira "O Processo de Cassação da Rádio Cultura", lançado em 2018.