Daniela Cardoso
Foi aprovado em primeira discussão na sessão desta terça-feira (21), o Projeto de Lei que altera o valor da alíquota da previdência municipal. Se aprovado, os servidores passaram a contribuir com 13% até 2019. A segunda discussão está prevista para ocorrer amanhã.
Novamente houve tensão com os professores na Casa Legislativa, isso porque os professores queriam impedir a aprovação da matéria. Uma cadeira chegou a ser arremessada contra o vidro que separa plenário e galeria. A sessão precisou ser suspensa e foi apenas retomada com a chegada da Polícia Militar. Ontem a votação foi suspensa, devido a uma manifestação de professores.
O vice-presidente da Câmara Municipal, Ewerton Carneiro (Tom), que presidiu a sessão, afirmou que o projeto foi votado com tranquilidade, apesar do tumulto. Ele destacou que manifestações agressivas não podem ocorrer dentro da Casa Legislativa e por isso foi solicitada a presença da Polícia Militar.
“O que não pode acontecer é esse tipo de manifestação agredindo as pessoas. Abrimos a sessão, depois a votação e os vereadores votaram em primeira discussão. Eu não sou contra manifestação, mas quando há briga e tumulto, não aprovo e por isso solicitei a presença da Polícia Militar. Jogaram cadeiras para tentar quebrar o vidro, mas o mais importante é que o trabalho deu certo e amanhã vamos dá continuidade a votação”, disse.
O vereador Tom afirmou que vai fazer um boletim de ocorrência e entregar imagens das câmeras de segurança a polícia para identificar as pessoas que fizeram a confusão e tentaram jogar a cadeira no vidro.
Já a diretora da APLB-Feira, Marlede Oliveira, negou que os professores tenham feito confusão durante a votação do Projeto de Lei que altera o valor da alíquota da previdência municipal. Ela afirmou que não houve confronto e que alguns guardas municipais tentaram bater nos professores, que correram.
“Os professores têm direito adquirido, a lei existe desde 92 e o prefeito José Ronaldo agora quer tirar o direito. O enquadramento aumentou o tempo, assim como o direito a aposentadoria. O prefeito achou que a perversidade com os professores estava pouca e mandou outro projeto para a Câmara para aumentar a alíquota da previdência de 12% para 14%. A gente não pode deixar o prefeito tirar nossos direitos e ficar de braços cruzados. Os professores estão desarmados e chamaram a polícia. Eles sempre agem na truculência. Não vamos aceitar isso. Ninguém tentou quebrar a vidraça”, afirmou.
Marlede informou ainda que está entrando com uma ação no Ministério Público para que abra uma auditoria na previdência. “O prefeito está dizendo que a previdência está falida, então vamos entrar com essa ação”, destacou.
Leia também: Manifestação de professores suspende votação de projeto que modifica previdência municipal
As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade