Laiane Cruz
Vinte vans que fazem linha para os distritos de Feira de Santana foram apreendidas na manhã desta quarta-feira (9) por fiscais da Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT). Os veículos, segundo os agentes do órgão, estavam atuando irregularmente nos locais proibidos pelo órgão.
Segundo o secretário de Transportes e Trânsito, Pedro Boaventura, as apreensões ocorreram durante uma fiscalização de rotina. Segundo ele, as vans têm horário definido para circular e não podem atuar no centro da cidade ou nos locais que possuem as linhas exclusivas de ônibus. “Quando o fazem, estão irregular e a legislação os alcançam”, enfatizou o secretário.
Ele informou que foi aberto um procedimento e cada proprietário de van poderá exercer a sua defesa. “Nós analisamos com base nas provas, fotos e vídeos, e deliberamos. A partir dessa deliberação cada um sabe o que deve fazer. Caso sejam infratores, a legislação será aplicada. Se é a primeira vez, a legislação manda que a multa seja no valor de 2 mil reais, se for reincidente será R$ 2.500 e 30 dias de apreensão, se for a terceira vez R$ 3.500 e mais 60 dias de apreensão. Tudo isso está na legislação municipal”, afirmou.
Com relação a paradas e subidas de passageiros, o secretário Pedro Boaventura afirmou que os proprietários de vans são conhecedores da legislação municipal e da liminar expedida pelo Tribunal de Justiça da Bahia, que autoriza as apreensões em caso de descumprimento da regra.
O presidente da Coopetrafs, José Vicente, que representa as vans distritais, disse que pretende continuar o diálogo com a secretaria, mas que falta bom senso por parte do órgão e dos agentes fiscalizadores.
“Eu respeito muito a opinião do poder municipal, mas é preciso que ele também entenda o que as vans fazem em Feira de Santana. Não tem como esses carros saírem dos distritos e não coincidirem com os roteiros dos ônibus. Isso é uma rotina que vem há mais de 25 anos em Feira. O que está faltando é bom senso por parte da secretaria e das empresas”, afirmou José Vicente.
Ele disse que é que comum uma van ao deixar o passageiro em um ponto de parada, pegar outro que queira seguir no roteiro.
“Se uma van sai do Km 13 e vai descer na Cidade Nova, eu não vou deixar o passageiro em qualquer lugar, vou deixá-lo em um lugar onde ele se sinta seguro, no ponto de parada dos transportes coletivos, e quando a gente para, existe a possibilidade de outro passageiro querer pegar o carro para seguir o destino e eu não vou fechar a porta de maneira nenhuma”, explicou o presidente da Coopetrafs.
José Vicente disse ainda que alguns fiscais confundem o transporte irregular com regular e maltratam os permissionários das vans.
As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.