7 de setembro

Sindicato mobiliza agricultores para participação no 'Grito dos Excluídos'

Para a sindicalista, o Grito dos Excluídos é o momento de mostrar que no país há pessoas excluídas de várias formas.

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Rachel Pinto

O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Feira de Santana (STR) está mobilizando agricultores familiares da região para participar nesta segunda-feira (6) e terça-feira (7), Dia da Independência do Brasil, de uma vigília pelos direitos da classe trabalhadora e do Grito dos Excluídos.

A presidente da instituição, Conceição Borges contou detalhes sobre a programação e as principais pautas da zona rural. Segundo ela, o Grito dos Excluídos é o momento de mostrar que no país há pessoas excluídas de várias formas.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade | Conceição Borges, presidente do STR

“Aproveitar o 7 de Setembro que se comemora a independência aonde a gente tem todo em todo o país grandes desfiles mostrando que é um país livre, um país independente, um país democrático, para mostrar que temos pessoas excluídas de várias formas. Excluídos de moradia, de educação, de saúde e de emprego. Neste ano nós temos as pessoas que estão excluídas, distanciadas de pessoas e feridas porque perderam os seus entes queridos. É um grito que traz mais elementos e a necessidade de se ir às ruas desses país clamar por emprego, comida no prato, vacina no braço. Mas, é importante lembrar que nós vamos clamar e agradecer por nós que passamos pela pandemia, estamos aqui nos solidarizando com as famílias e lutando para que nós tenhamos um momento de paz, tranquilidade e condição de sobrevivência”, frisou.

Conceição informou que haverá uma vigília no dia (6), das 19h às 22h na sede do sindicato, localizada no bairro Barroquinha. Quem quiser pode participar e o tema será: ‘A natureza geme com dores de parto’. Para ela, mesmo com tanta dor, tanto sofrimento é fundamental que as pessoas não percam a esperança.

“Nesse momento teremos um ato ecumênico com várias denominações religiosas. Vamos ter a partilha com produtos da zona rural e quem puder pode trazer 1 kg de alimento para nossos irmãos e irmãs que estão na cidade sem ter comida na mesa. Às 5h da manhã teremos a vigília da esperança com o tema: ‘A zona rural pede socorro e logo mais, haverá um café partilhado. Às 7h30 da manhã do dia (7), vamos estar unidos com todos os movimentos fazendo essa marcha até o estacionamento da prefeitura, encerrando na Câmara de Vereadores”, afirmou.

A sindicalista contou ainda que a programação seguirá todos os protocolos sanitários e que o Grito dos Excluídos de Feira de Santana se une aos movimentos nacionais e já existe há quase 30 anos. Segundo ela, os trabalhadores vão marchar em unidade, mostrando que sem participação popular não há garantia de direito, cidadania e inclusão social.

“Não será uma atividade aglomerada ainda porque não podemos, mas vamos estar debatendo a situação de emergência, a situação de perda e o que nós estamos tentando e vamos sair com uma pauta. No dia 8 de setembro vamos estar protocolando junto a prefeitura municipal, junto ao governo do estado da Bahia através das secretarias competentes audiências para discutir o meio rural. Atualmente estamos razoavelmente bem porque hoje a nossa agricultura se diversificou muito e mesmo com mais de 90% da safra de feijão e 40% na safra de milho perdidas, a gente chega na zona rural e vê a diversidade de outras culturas como feijão de corda, mangalô, abóbora, batata. Uma diversidade e isso é que garante a sustentabilidade no campo. Por esse motivo, chega de nossa zona rural não ser planejada, pensada e investida como uma economia importante para a cidade, o município e o Brasil”, ressaltou.

Na opinião de Conceição Borges, um dos motivos que é importante celebrar o 7 de setembro é dizer para os governos que esse modelo de gestão que existe não contempla os trabalhadores do campo.

“A gente ter independência para chegar à Câmara de Vereadores e pedir que os vereadores olhem com cuidado e carinho para a zona rural, porque o orçamento tem que ser visto como investimento e não como qualquer coisa. Nesse sentido o sindicato segue firme e forte na luta para dizer que somos livres e estamos de cabeça erguida para defender os nossos interesses e a dignidade de homens e mulheres do campo”, concluiu.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade