Sindicato dos comerciário feira de santana
Foto: Paulo José / Acorda Cidade

Integrantes do Sindicato dos Empregados do Comércio de Feira de Santana (Secofs) realizaram, na manhã desta segunda-feira (22), uma manifestação em frente à unidade de uma rede atacadista na cidade. O ato reuniu trabalhadores do comércio e teve como principal pauta o impasse nas negociações sobre o reajuste do salário da categoria.

Segundo o presidente do Secofs, Antônio Cedraz, já foram realizadas, ao todo, cinco reuniões para negociação, sem avanço além da proposta de reajuste de 5%, percentual considerado insuficiente pela categoria. O valor está abaixo do reajuste do salário mínimo, concedido pelo Governo Federal, que foi de 6,79%.

Sindicato dos comerciário feira de santana
Foto: Paulo José / Acorda Cidade

“Isso não existe. Por isso estamos fazendo esse movimento. Começamos aqui e vamos seguir para outros supermercados até a próxima negociação, que será dia 8. Cada dia estaremos na porta de um, porque a gente sente os anseios dos trabalhadores. Não tivemos trabalho nenhum. Só está lá dentro o gerente, o subgerente e os dois encarregados. Até os promotores de outras empresas pararam aqui e não entraram para trabalhar”, disse Cedraz.

A prática do inacreditável

O sindicalista aproveitou a oportunidade para fazer uma crítica à conduta das empresas do ramo dos supermercados. Cedraz citou condições de trabalho consideradas irregulares, como jornadas que chegam, normalmente, a até 10 horas diárias, uso do banco de horas sem controle adequado, dificuldade para concessão de folgas e ausência de pagamento de horas extras. Além disso, o presidente apontou a falta de benefícios como vale-combustível para trabalhadores que utilizam motocicleta e não recebem vale-transporte.

Sindicato dos comerciário feira de santana
Foto: Paulo José / Acorda Cidade

“Isso é uma injustiça, é uma escravidão. Está chegando um supermercado de outro estado, que dizem que é acostumado a botar o pessoal para trabalhar e nem o salário mínimo pagar. Aqui em Feira de Santana, se ele está fazendo isso, e a gente já está sabendo de algumas queixas, que não estão pagando as horas extras, jogando tudo para o banco de horas, nós vamos fazer manifestação nele e em outros também.”

Sindicato dos comerciário feira de santana
Foto: Paulo José / Acorda Cidade

De acordo com o sindicato, a decisão sobre a continuidade ou paralisação total das atividades seria definida em assembleia com os trabalhadores ainda pela manhã. A entidade afirma que a mobilização busca garantir o cumprimento da convenção coletiva e melhores condições de trabalho para os comerciários de Feira de Santana.

“Se a maioria quiser parar, pronto, vamos parar. Mas, pelo menos, o básico foi feito. Impedimos o horário de funcionamento, mostramos para a sociedade, de modo geral, que está ouvindo, pedimos desculpas para alguns clientes que chegaram aqui para fazer compra. Não fechamos todos, só está acontecendo com esse equipamento aqui, mas vai acontecer com outros lá na frente também”, finalizou o presidente.

Com informações do repórter Paulo José, do Acorda Cidade

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