Daniela Cardoso
Após a morte do lavrador Jorge de Jesus em carro em frente ao Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) na manhã desta terça-feira (22), em que a família acusa o hospital de descaso, a diretora executiva do Clériston, Iraci Leite, explicou as providências que serão tomadas.
De acordo com ela, os familiares da vítima e funcionários do hospital contaram versões diferentes e por isso será aberta uma sindicância para que os fatos sejam apurados. “Como existem divergências, estamos apurando com rigor os fatos. Depois dessa apuração caso haja responsabilidades, serão encaminhados e serão punidos dentro do que a lei permite. Ainda não podemos fazer uma colocação, só após uma sindicância”, disse.
Iraci afirmou que a família disse que o paciente chegou com vida e morreu no estacionando, já os funcionários do hospital relatam que quando o médico foi atendê-lo, ele já estava sem vida e que o próprio médico orientou a família a procurar o Departamento de Polícia Técnica (DPT).
Sobre a demora no recolhimento do corpo do lavrador, ela informou que esse procedimento diverge dependendo de onde ocorreu o óbito. “Na verdade se a unidade diz que o paciente foi a óbito antes do primeiro atendimento, o corpo não deveria entrar no hospital, mas vendo o sofrimento da família optamos em fazer isso.”
Três servidores efetivos da Secretaria Estadual de Saúde farão parte da comissão da sindicância que será aberta na quarta-feira (23) e terá a resposta dentro de 30 dias.
O diretor médico do HGCA, Juliano Simões, informou que ainda não tem detalhes sobre a situação, pois não estava presente no local quando o fato aconteceu. De acordo com ele as responsabilidades serão apuradas.
“Temos punições administrativas para punir funcionários, caso fique comprovado que houve demora para ter chamado o médico. Vamos apurar”, disse.
Ele informou também que caso fique provado que houve negligência médica, o médico que confirmou a morte do lavrador, poderá ser encaminhado para o Conselho Regional de Medicina, onde será aberto um processo ético. Já se for comprovado que houve negligência por parte de um funcionário, ele poderá ser processado ou demitido. As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.