Daniela Cardoso e Ney Silva
O simulado de uma explosão de um barracão de fogos ocorrido nesta quarta-feira (15), na Avenida Nóide Cerqueira, mobilizou mais de 100 pessoas de instituições de segurança pública e da área de saúde. O evento, promovido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), serviu como treinamento para um desastre dessa magnitude.
Estiveram presentes no simulado, equipes do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Guarda Municipal, Viabahia, Defesa Civil, Departamento de Polícia Técnica (DPT), entre outras. Além disso, estudantes de cursos de enfermagem de instituições da cidade foram acompanhar os trabalhos, que mostrou as condições de ação das instituições envolvidas.
O coordenador regional do Departamento de Polícia Técnica (DPT) do Recôncavo Baiano, Renato Lacerda, disse que a função do departamento em um caso como esse, ou em qualquer desastre com vítimas, segue o protocolo da Interpol (Polícia Internacional).
“Temos que estar preparados com equipamentos de proteção individual para os componentes da equipe e após ser acionada a equipe vai até o local, onde faz um diagnóstico inicial, outra equipe faz busca e varreduras para saber se tem vestígios ou corpos e a partir daí cada corpo ou objeto encontrado é recolhido individualmente, para facilitar a identificação”, explicou.
O primeiro tenente Márcio Estrela, do Corpo de Bombeiros de Feira de Santana, participou do simulado com a equipe e destacou que esse tipo de treinamento é importante para todas as instituições envolvidas. “Somos a força principal nesse tipo de ocorrência, mas precisamos das outras para concluir dos serviços de forma satisfatória”, afirmou.
Ele informou que o papel do Corpo de Bombeiros é combater o incêndio, retirar as vítimas da área quente e levá-las para a área morna, para que elas possam ser encaminhadas para o atendimento. Márcio Estrela lembra que esse método de classificação de vítimas envolvidas em acidentes com diversas pessoas, é chamado de Start, onde as vítimas são priorizadas de acordo com a situação de cada uma delas. As que não são priorizadas, inicialmente, são redistribuídas para lonas de cores diferentes, que vão identificar o estado de saúde delas.
O delegado José Carlos das Neves, que compareceu ao local do simulado acompanhado de um escrivão e um policial, disse que o papel da Polícia Civil, em um caso desses, é investigar se a explosão foi culposa, dolosa ou natural, além de averiguar possíveis autores.
Ele observa que diferente da polícia técnica, que após periciar a área do acidente vai colher provas materiais e repassar esses dados para o delegado que investiga o caso, para que isso ajude nas investigações, cabe a polícia civil ouvir pessoas e levantar informações para a conclusão do inquérito e possivelmente identificar responsáveis pelo acidente.
A coordenadora do Samu, Maísa Macedo, afirmou que o simulado é muito importante para a integração entre as instituições que atuam na segurança pública e afirmou que o evento visa também treinar e capacitar os profissionais. Ela agradeceu o apoio de todos e destacou a qualidade dos profissionais envolvidos no simulado.