Laiane Cruz

A Organização de Procura de Órgãos está promovendo neste mês o Setembro Verde. O objetivo da campanha é informar e conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos e tecidos. De acordo com a enfermeira referência da organização, Fernanda Claudia Santos, a cor foi escolhida por representar a esperança daqueles que aguardam na fila por um transplante de órgão ou tecido.

“Mais de 40 mil pessoas aguardam na fila de doação hoje no país e tem aquelas pessoas que ainda estão na fase de exames para saber se têm condição de entrar na fila. Isso é um número muito grande”, afirmou Fernanda Claudia.

Conforme a enfermeira, o dia 27 de setembro é o Dia Nacional da Doação de Órgãos, por ser o dia de São Cosme e Damião, que segundo a história foram os primeiros a fazer transplante no mundo. E no dia 30, haverá o dia D de doação. “Vamos estar no Hospital Geral Clériston Andrade, junto com o Hemoba Feira, recebendo doação de sangue, plaquetas, e cadastro para doação de medula óssea.”

Fernanda Claudia destacou que a procura é maior para transplantes de rim e córnea, pois são órgãos que não levam a óbito. “Se eu estou na fila para transplante do fígado, eu não tenho como nesse período fazer um tratamento que venha a regredir, então ou é o transplante ou é a morte. No caso do rim existe a hemodiálise, então a fila é maior porque eles têm uma sobrevida com a máquina de hemodiálise”, explicou.

Para a enfermeira, a falta de informação ainda é o grande entrave para o aumento do número de doações. “É importante a transparência em todo o processo para que a família se sinta segura no diagnóstico de morte encefálica e faça a vontade do falecido e doe os órgãos”.
 

As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.