Voos regulares
Senador diz que aeroporto de Feira deve começar a funcionar até a Copa do Mundo
Pinheiro explicou porque não compareceu à solenidade de assinatura do contrato e falou ainda sobre sua possível candidatura à sucessão ao Governo do Estado
Daniela Cardoso
No dia 29 de abril, o vice-governador da Bahia e secretário da Infraestrutura, Otto Alencar, esteve em Feira de Santana, onde assinou o contrato de concessão entre a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba) e Aeroporto Feira de Santana S.A. (AFS), empresa responsável pelas obras de reforma e ampliação do aeroporto, durante solenidade no Aeroporto João Durval Carneiro.
A solenidade não contou com a participação do senador Walter Pinheiro, que defende que o aeroporto de Feira deva ser transformado em um aeroporto de grande porte para servir de alternativa, inclusive, para o aeroporto de Salvador. Em entrevista ao Programa Acorda Cidade, na manhã desta segunda-feira (3), Pinheiro explicou porque não compareceu à solenidade de assinatura do contrato e falou ainda sobre sua possível candidatura à sucessão ao Governo do Estado. Confira a entrevista.
Acorda Cidade – Porque o senhor defende que o aeroporto de Feira deve ser transformado em um aeroporto de grande porte?
Senador Walter Pinheiro – Eu defendo que deve ser um aeroporto de grande porte porque, mais que uma
alternativa a Salvador, a Bahia já precisa ter um aeroporto que tenha capacidade de atender a demanda não só da região metropolitana, mas também que tenha capacidade de resolver nosso problema das cargas que chegam a Salvador e precisam ganhar estrada. Um exemplo é a carga dos Correios, que chega a Salvador e precisa atrasar pelo menos duas horas, porque tem que pegar a estrada para chegar ao interior. A mesma coisa ocorre com a carga de medicamentos. É importante que isso seja resolvido com um aeroporto fora de Salvador. Feira de Santana tem uma característica fundamental. Essa cidade é ponto de ligação no eixo norte e sul e no leste e oeste. Feira tem uma localização fantástica e não pode perder essa oportunidade de ligar o interior da Bahia a outras regiões, a outros estados e quem sabe ter até voos internacionais. É fundamental que a gente adote essa postura até para promover a descentralização da economia.
AC – Desta vez o aeroporto sai mesmo?
Senador – Eu já cheguei a questionar isso na bancada do senado. O governo brasileiro lançou um pacote de concessões de aeroportos e a Bahia teve que suspender a ordem de serviço por causa do Plano Nacional de Concessões de Aeroportos. Eu até contestei bastante. Cobrei e busquei recursos para investimentos na ampliação dos aeroportos. Para a Copa das Confederações ainda não estará pronto, mas pelo menos para a Copa do Mundo já deve estar funcionando. Abrimos conversações com as companhias aréas para que elas promovam aqui na região voos, não só regionais, mas também entre cidades de outros estados. Procuramos também companhias que trabalham com taxis aéreos para ver se podemos trabalhar isso em Feira de Santana.
AC – Por que que o senhor não esteve presente na solenidade aqui em Feira de Santana?
Senador – Fui convidado sim, mas marcaram para um dia de quarta-feira e eu estava em um enfrentamento com Renan Calheiros, que não queria votar a medida provisória na questão das tarifas, por conta do prazo. Eu não tinha como sair do senado. Eu tenho dito ao governo do Estado da Bahia e aos meus companheiros, que nas terças, quartas e quintas é muito difícil eu conseguir sair do senado, pois temos trabalhado votando matérias todos os dias e fazendo debates com as comissões. Nessa quarta eu estava fazendo a sabatina do baiano Vladimir Aras, que foi para o Conselho do Ministério Público, então não tinha como eu estar em Feira. Eu até reclamei, pedi que a solenidade fosse feita na sexta, mas o pessoal pediu para dar logo a ordem de serviço para não atrasar mais.
POLÍTICA – O senhor vem trabalhando seu nome para a sucessão de Jaques Wagner?
Senador – Eu acho que as pessoas estão colocando o carrinho na frente dos bois. Eu acredito que esse é o momento de aproveitar o ótimo momento do governador Jaques Wagner, que está na cadeira até 2014. Então começar com essa discussão é tirar o governador da cadeira antes da hora. 2013 é o ano de a gente fazer entrega de obras, como estamos fazendo. O governador saberá o momento de liderar essa discussão de sucessão.
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