Feira de Santana

Sem serviços básicos, moradores não sabem se localidade pertence a Feira ou a São Gonçalo

Revoltados com a situação, os moradores decidiram fazer uma manifestação nesta quinta-feira (3).

Daniela Cardoso
 
Moradores da Rua do Telégrafo, próximo aos conjuntos Fraternidade e Sérgio Carneiro, vivem uma situação delicada. Com a rua cheia de buracos, os postes de energia sem lâmpadas, sem segurança e sem serviços básicos, eles sofrem por não saber a que município pertence o local. 
 

 
Segundo os moradores, sempre que necessitam de um serviço e recorrem à prefeitura de Feira de Santana, são informados que devem procurar a prefeitura de São Gonçalo dos Campos. Quando vão à prefeitura de São Gonçalo, são orientados a retornar a Feira de Santana. Revoltados com a situação, os moradores decidiram fazer uma manifestação nesta quinta-feira (3). 
 

 
O analista de sistemas José Carneiro contou que essa situação é antiga. Segundo ele, em 2010 uma lâmpada queimou em frente à casa onde mora. Ele recorreu à prefeitura de São Gonçalo, onde foi informado que deveria procurar a de Feira, já que a iluminação pública paga por ele é de Feira de Santana. Porém, os moradores não conseguiram resolver a situação e ficaram mais de dois anos sem iluminação, até que fizeram um rateio e eles mesmos tiveram que trocar a lâmpada, que há 60 dias está queimada novamente.
 

 
“É omissão em cima de omissão. Nossa situação é diferente de outros bairros, pois não temos serviços públicos e os dois prefeitos têm uma desculpa para não atender a gente, alegando que essa área não pertence a tal município. No ano passado houve uma discussão para saber de quem era a área da empresa O Boticário, mas ninguém discutiu se a gente tem os serviços necessários. Nós não deixamos de ser cidadãos e nossa cidadania está sendo pisoteada a cada dia”, desabafou. 
 
A dona de casa Maria Aparecida Silva afirmou que os problemas do local prejudicam os moradores. Segundo ela, vários acidentes já ocorreram devido aos buracos da rua. “A gente só quer uma solução. Não sabemos se quem resolve é o prefeito de Feira ou o de São Gonçalo dos Campos. Não sabemos a quem pertence esse local. Queremos que alguém apareça para resolver essa situação”, afirmou.
 
As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade