Sem acordo com sindicato, Pirelli diz que 40% dos funcionários já retornaram ao trabalho

^{Daniela Cardoso}

Foi realizada na quinta-feira (7) uma audiência de conciliação dissídio de greve da Indústria de Pneus Pirelli, no Tribunal Regional do Trabalho, em Salvador, e contou com a participação de representantes da empresa e do sindicato Sindborracha. Uma proposta foi apresentada pelo Ministério Público do Trabalho, mas não houve acordo, e a greve, que chega ao décimo oitavo dia, continua.

A Pirelli informou ao Acorda Cidade que quase 40% dos funcionarios ja retornou ao trabalho, a partir desta sexta (8), e que as atividades foram retomadas no dia 28 de junho.

^{Foto: Ed Santos/Acorda Cidade}

De acordo com Genázio Bispo de Jesus, presidente interino do Sindborracha, a proposta seria que os funcionários retornassem ao trabalho de imediato, sendo demitidos e readmitidos com uma estabilidade de 90 dias, reposição dos descontos nos salários e a reposição dos dias parados. Porém, de acordo com ele, a Pirelli não concordou com todos os itens. 

“A Pirelli aceitou o acordo em partes, mas o principal não foi aceito. A empresa aceitou readmitir todo mundo, daria a estabilidade de 90 dias aos readmitidos, mas não dava ao restante da fábrica. Nós não aceitamos porque se vai dar a estabilidade somente para os readmitidos, significa que ela pretende demitir e isso não é justo”, afirmou.

O sindicalista informou que existem dois dissídios no Tribunal Regional do Trabalho, um de greve que a empresa ajuizou e outro que o sindicato instaurou, que tem a ver com a parte econômica.

“Em qualquer dissídio, o judiciário tenta um acordo antes do julgamento, se chegar a um acordo fecha os dois dissídios, mas a Pirelli como sempre se mostrou intransigente. Levamos mais de 200 trabalhadores para o local, fizemos uma assembleia com eles, mas a empresa não aceitou a proposta. Como não houve o acordo, foi marcado o julgamento econômico e de greve para o próximo dia 14”, informou.

Genázio ainda disse que o sindicato não está impedindo nenhum funcionário de trabalhar. “Inclusive, tem gente trabalhando, porém só uma minoria” disse.

As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade