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Ney Silva
 
Moradores do bairro São João fizeram um protesto no início da tarde desta terça-feira (10). Eles estão inconformados com a decisão do secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Carlos Alberto Firpo Mascarenhas, que determinou a interrupção da água servida nas residências da rua Tupinambá. Em protesto, eles queimaram galhos de árvores, cadeiras e outros materiais em frente ao portão de acesso á secretaria.
 
 
A auxiliar de serviços gerais, Iracema Maria de Macedo, reclamou que foi prejudicada pela decisão do secretário em retirar a tubulação de água servida e da rede de esgotamento sanitário da casa dela. "O secretário entendeu que tinha que fazer isso só na minha casa", afirmou. Ela disse também que os moradores da rua não têm fossa e no local não existe rede de esgotamento sanitário.
 
 
A Polícia Militar foi acionada e duas guarnições com um grupo de oficiais, comandado pelo major Hildon, que trabalha no Comando de Policiamento Regional Leste (CPRL), conversou com os manifestantes. O major manteve contato com o secretário Firpo, que foi á garagem e se reuniu com os moradores.
 
 
Na reunião com a comunidade, o secretário Firpo explicou que tomou a decisão de interromper a saída de água servida para a rua porque se trata de crime ambiental. Ele informou ainda que recebeu denúncias de servidores da secretaria de que havia um mau cheiro forte na boca de lobo de acesso á garagem e que esse fato estava prejudicando a todos.
 
 
Depois de cerca de 30 minutos de reunião com a intermediação do major Hildon, o secretário entrou em entendimento com os moradores da rua Tupinambá. Ficou acordado que as residências, por não possuírem fossas, vão ser cadastradas por uma equipe da Prefeitura e essa relação vai ser encaminhada ao Ministério Público (MP). Segundo Firpo, a decisão que for adotada pelo MP será cumprida.
 
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