Feira de Santana
Seca compromete negócios no Campo do Gado
Número de animais vendidos sofre redução de 50 por cento
Acorda Cidade
Os agravos da seca na zona rural já refletem nos negócios do Complexo Matadouro Campo do Gado. De acordo com o administrador do equipamento municipal, Frank Mota, houve redução de 50% nas vendas de animais. A arroba do boi está cotada em R$ 95. No Complexo estão sendo comercializados em torno de mil animais apenas a cada segunda-feira. Em outros períodos o número varia entre 2 mil a 2.500.
“O normal é recebermos 70 caminhões de gado, mas, neste período de seca chegam ao Campo do Gado apenas 10 caminhões, com animais magros, sofridos. A situação é preocupante. Com a falta de água e alimentos para o gado e queda no preço da arroba, os criadores estão empenhados em fazer negócio para não terem maiores prejuízos com a morte dos animais”, explica Frank Mota.
O reajuste nos preços da ração para os animais, como pontua o criador de gado de corte Milton Silveira Coqueiros, do município de Aracatu, agrava ainda mais a situação dos pecuaristas. “Já não temos mais água nem comida para o gado. Diante dessa situação, o preço da arroba caiu. Estamos vendendo para não ver os bichos morrerem de fome e sede dentro do pasto. Mas, é um negócio que acaba não valendo a pena, já que vendemos barato e este dinheiro serve apenas para pagar o caminhão”, afirma.
Criador de ovinos e caprinos no distrito de Jaguara, José de Jesus Vieira também destaca os prejuízos. “Está cada vez mais difícil. Um burrego, que antes saia por R$ 100, estamos vendendo por R$ 60 e dando graças a Deus por achar alguém que queira”, pontua. (Secom)
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