Feira de Santana

Rodoviários firmam acordo coletivo intermediado pelo governo municipal para evitar deflagração da greve

Os rodoviários de Feira de Santana aprovaram no último dia 28 uma greve por tempo indeterminado a partir do dia 3 de junho.

ônibus feira de Santana elevador climatizado
Foto: Ed Santos / Acorda Cidade

Na manhã desta quinta-feira (29), o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Sérgio Carneiro, participou de uma reunião decisiva para evitar a paralisação dos rodoviários em Feira de Santana. O encontro, realizado na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Feira de Santana (Sintrafs), resultou na assinatura do acordo coletivo de trabalho 2025-2026, garantindo reajuste salarial e outras conquistas para a categoria.

Os rodoviários de Feira de Santana aprovaram, em assembleia realizada no último dia 28, uma greve por tempo indeterminado a partir do dia 3 de junho. A decisão foi tomada após sucessivas tentativas de negociação sem avanços com as empresas de transporte urbano e o poder público.

A reunião contou com a presença do presidente do Sintrafs, Alberto Matos Neri, e dos diretores José de Sousa Almeida, além dos representantes das empresas de ônibus Rosa Ltda e Auto Ônibus São João Ltda, respectivamente Fausto de Oliveira Botelho e Abel Soares da Silva Júnior. Representando o Governo Municipal, Sérgio Barradas Carneiro destacou o compromisso da gestão em mediar o entendimento entre as partes e preservar o interesse público.

Reajustes e garantias

Ficou acordado que a data-base permanece em 1º de maio e que as conquistas das convenções e acordos coletivos anteriores serão mantidas. Em relação ao reajuste salarial, será aplicado um índice de 5,32% sobre os salários. Para o auxílio-alimentação, o reajuste será de 10%, com aplicação imediata.

reunião com rodoviários e o governo
Foto: Divulgação

Sobre o custeio do plano de saúde, as empresas se comprometeram a participar das negociações com a operadora do serviço, assegurando a continuidade do benefício aos trabalhadores. As demais cláusulas econômicas foram tratadas conforme estabelece o artigo 624 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que exige a prévia autorização do poder público para qualquer elevação tarifária ou de preços que impacte a concessão.

A proposta será agora encaminhada pelo sindicato para apreciação da assembleia da categoria. Ficou estabelecido que as partes voltarão a se reunir no prazo de 90 dias para debater as cláusulas que dependem da definição de tarifas.

Diálogo com o sindicato

O secretário Sérgio Barradas Carneiro ressaltou a importância do diálogo e do equilíbrio das lideranças sindicais para o desfecho positivo. “Conseguimos fazer um entendimento entre as empresas e os rodoviários, com o acompanhamento do Governo Municipal, já que se trata de um serviço público concedido. O nosso compromisso é garantir que o transporte coletivo funcione para quem mais precisa, sobretudo aqueles que não têm condições próprias de deslocamento”, afirmou.

Ele destacou ainda a maturidade dos dirigentes sindicais. “Houve uma compreensão e confiança mútua. Os rodoviários, liderados por Alberto Neri e seus diretores, têm consciência do momento difícil que o setor atravessa no Brasil. Uma paralisação traria prejuízos não só para a população, mas também para as próprias empresas. O bom senso prevaleceu e chegamos a um acordo que assegura o reajuste salarial e de benefícios, respeitando a legalidade e a realidade econômica”, completou.

Leia também: Rodoviários de Feira de Santana aprovam greve por tempo indeterminado a partir de 3 de junho

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