Fachada do prédio anexo da Câmara de Vereadores de Feira de Santana. Obra está para desde novembro de 2024
Fachada do prédio anexo da Câmara de Vereadores de Feira de Santana. Obra está para desde novembro de 2024 | Foto: Paulo José / Acorda Cidade

O presidente da Câmara Municipal de Feira de Santana, Marcos Lima, realizou mais uma reunião com o Ministério Público para discutir os rumos do Prédio Anexo da Casa legislativa, que foram paralisados no final de novembro de 2024.

Como já foi mostrado pelo Acorda Cidade, o prédio que está localizado na Rua Intendente Rui, nº 155, iniciou a reforma ainda na gestão anterior, quando a presidente da Casa era a vereadora Eremita Mota. Agora, a obra encontra-se abandonada pela empresa ART Projetos Construções e Serviços Ltda., mesmo depois de receber um recurso de aproximadamente R$ 1,4 milhão.

Ao Acorda Cidade, Marcos Lima disse que, desde o início de sua gestão, tem realizado tratativas junto ao MP para tentar desobstruir a obra, mas o caso tem passado “de um promotor para outro”.

“O último que tive foi com o Audo e agora esse outro que recebeu agora essa demanda lá do Ministério Público, aqui do prédio anexo. Fomos convidados, nós chegamos até a conversar com ele essa semana e lá ficou determinado que nós precisaríamos fazer aqui um controle maior do que aconteceu. Já temos a auditoria, vamos fazer agora uma ação administrativa para poder encaminhar para o Ministério Público.”

Segundo o presidente, após a auditoria, a Câmara deve ser autorizada a fazer a licitação de uma nova empresa para concluir as obras que devem trazer melhorias nos sistemas elétrico, hidráulico e de refrigeração, além de melhorar a acessibilidade no legislativo.

“A empresa que fez o serviço aqui na Câmara e não concluiu muitos desses serviços que foram solicitados, ele foi pago e não foi concluído, vai estar à disposição da Justiça.”

Ainda segundo Marcos Lima, o MP deve dar um parecer técnico sobre a empresa que iniciou o serviço.

Reforma do prédio anexo da Câmara Municipal: presidente busca aval do MP para contratar nova empresa
Marcos Lima Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Eles vão analisar o que foi feito, o que foi pago, porque assim o Ministério Público tem acesso às informações que mandamos para o tribunal. Eles vão buscar essas informações, comparar com o que foi encaminhado por nós e também pela empresa, que também contestou algumas partes da auditoria.”

“Já que a empresa teve todo o direito de manifestação, de retornar e fazer as obras, não foi feito, nós demos prazo, nós notificamos várias vezes a empresa e ela não tomou nenhuma atitude e aí é ir para a justiça mesmo, e ela resolver com a justiça que tomará as medidas cabíveis, que eu tenho certeza que tomará.”

O Marcos Lima também comentou sobre os móveis que foram adquiridos na gestão passada, inclusive um gerador avaliado em R$ 100 mil.

“O que foi adquirido por essa empresa, que foram os ar-condicionados, gerador, que foram as portas de Blindex, que foi contratado, foi pago, mas ela não trouxe para o prédio, não está aqui. Não sabemos onde está esse produto, essa mercadoria. Então, mesmo que a gente fez essa auditoria, para a gente ter esse conhecimento, encaminhamos tudo para o Ministério Público”, completou.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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