Laiane Cruz

O comércio no Mercado de Arte Popular de Feira de Santana (MAP), que está funcionando provisoriamente na Rua Olímpio Vital, teve uma redução de quase 80%, fato que tem causado o fechamento de boxes e restaurantes. De acordo com os comerciantes do local, a situação é crítica nas duas praças de alimentação e no setor de artesanato. Dos 100 boxes que foram abertos no prédio atual, pelo menos 25 já foram fechados.

A gerente de um restaurante do MAP, Kika Rocha, reclama que o local está sem movimento. “Houve queda nas vendas porque as pessoas não gostam de vir aqui por causa da ladeira. É complicado, pois quem trabalha no comércio mesmo não tem como vir aqui. O movimento aqui é mínimo”, disse.

Ainda de acordo com ela, o restaurante foi obrigado a demitir funcionários devido ao espaço no local provisório, que é pequeno, e o movimento fraco em relação às antigas instalações, na Avenida Getúlio Vargas, próximo à Praça da Bandeira. “Lá eram em torno de 10 pessoas trabalhando, agora só tem duas”, afirmou Kika Rocha.

O comerciante Josenilton Portela, conhecido com Nilton Rasta, diz que no setor de artesanato as vendas também reduziram, e pelos menos 25 boxes tiveram que ser fechados. “Aqui tem algumas pessoas que estão com uma certa dificuldade, mas ainda estão empurrando com a barriga. Alguns tiveram que mandar algumas pessoas embora, porque as vendas caíram consideravelmente aqui. A gente nunca sabe, tem pessoas aí que passam dois ou três dias sem vender”, afirma.

A expectativa dos comerciantes, segundo Nilton Rasta, é que a prefeitura entregue a obra de reestruturação do prédio do MAP, na Getúlio Vargas, dentro do prazo previsto, que é dia 20 de julho. “Lá é nosso local de origem, e as pessoas que vão lá em cima não têm tempo de vir aqui porque é um pouco distante. Quem geralmente consome os nossos produtos é de fora e fica difícil o acesso aqui. Então, a gente perdeu as vendas por isso”, declarou.

As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.