Feira de Santana

Rede socioassistencial discute violência contra a mulher

A delegada titular da Dean (Delegacia Especializada em Atendimento a Mulher) Clécia Vasconcelos, que foi uma das palestrantes do seminário destacou a importância desse evento.

Daniela Cardoso e Ney Silva

‘A violência contra a mulher, um diálogo necessário com a rede socioassistencial’. Esse foi o tema do seminário realizado no auditório da secretaria de saúde de Feira de Santana. A delegada titular da Dean (Delegacia Especializada em Atendimento a Mulher) Clécia Vasconcelos, que foi uma das palestrantes do seminário destacou a importância desse evento.

“A rede de proteção a mulher tem várias portas e nós sabemos que a mulher agredida muitas vezes procura as policlínicas, os Cras, sem que isso seja levado ao conhecimento da polícia e do centro de referência. Muitas vezes essa mulher não vai para a delegacia. Então quando ela precisar desse atendimento nos locais que estão a disposição, será essa também uma porta de atendimento a mulher”, afirmou

Clécia Vasconcelos ainda falou da necessidade do funcionamento da Dean aos finais de semana e também 24horas. Segundo ela, essa é uma demanda existente há muito tempo.

“A Defensoria Púbica sensível a esse pleito está encabeçando esse movimento e posso adiantar que existe boa vontade e disponibilidade dos servidores da Dean de Feira de Santana. Por ser um atendimento específico, também existe a necessidade da delegacia funcionar 24 horas”, disse.

A coordenadora do Centro de Referência Maria Quitéria, Maria Luiza Coelho, explicou o propósito do seminário. Segundo ela, as pessoas que trabalham no atendimento a essas mulheres, precisam se informar melhor sobre a violência contra a mulher e se sensibilizar que essa é uma questão de saúde pública. 

“O objetivo é sensibilizar os profissionais que estão nas portas de entrada, onde essas mulheres passam na rede socioassistencial. Essas portas de entrada são os Cras, os Creas e outras instituições. Temos psicólogos, assistentes sociais, advogados, que atendem esse público de alguma forma. Atualmente, temos uma rede de proteção. A lei Mara da penha veio para dá mais visibilidade e as mulheres se sentem mais seguras para denunciar”, afirmou.