Rachel Pinto

Os recém-nascidos de mulheres que tiveram o Zika Vírus durante a gravidez foram avaliados no 2º mutirão realizado pela clínica Clihon na manhã de terça-feira (12). O objetivo foi detectar se os bebês têm alguma alteração ocular por causa do vírus.

A médica Lamylya Ferreira falou sobre a avaliação e explicou que os bebês examinados no 2º mutirão não foram encontradas alterações oftalmológicas importantes. Porém, no 1º mutirão, foram identificados alguns casos. “Nós tivemos alterações oftalmológicas diagnosticadas aqui. É importante frisar que foi um bebê que não tem microcefalia. A mãe teve o Zika vírus, mas o bebê não tem microcefalia. Já um bebê com microcefalia, nós detectamos uma catarata subcapsular leve, porém no futuro, esse bebê da parte oftalmológica terá um bom prognóstico visual”, disse.

Ela também afirmou que a classe médica está estudando e bastante atenta sobre as alterações oftalmológicas e suas relações com o Zika vírus e doenças infecciosas. Segundo a médica, as alterações oftalmológicas nos bebês podem ser apresentadas independente do período da gestação que a mãe teve o Zika vírus.

“Não foi diagnosticado uma certeza ainda que essas alterações oftalmológicas são causadas pelo Zika vírus. Nós solicitamos outros exames laboratoriais também. Quando a mulher tem Zika Vírus, em qualquer período da gestação, as crianças podem apresentar problemas oftalmológicos. O que nós estamos verificando nas maternidades é que até os bebês com microcefalia não tem relação com o período da gestação que a mãe teve o Zika vírus”, concluiu.

As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade