Feira de Santana

Proliferação de peixes exóticos em rios da região de Feira preocupa Secretaria de Meio Ambiente

No último final de semana, foi encontrado no rio Jacuípe o peixe Panga, que é do Vietnã. Esse peixe pode chegar a um metro e pesar 44 kg.

Proliferação de peixes exóticos em rios da região de Feira preocupa Secretaria de Meio Ambiente

Foto: Divulgação/Secom

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Feira de Santana (Semman) está em estado de alerta após a descoberta de peixes que não são nativos em rios da região.

De acordo com João Dias, diretor do Departamento de Educação Ambiental da Semman, a situação é muito preocupante porque existem normas e leis para regularem a questão da ictiofauna – que se refere ao conjunto de peixes de uma região ou ambiente – no Brasil.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Os peixes do país são chamados nativos, e os de outro país são chamados de espécies exógenas ou exóticas. E o que tem acontecido no Rio Jacuípe é muito preocupante porque as espécies nativas têm diminuído e têm sido introduzidas espécies de outros países. No ano passado, foi encontrado no Rio Jacuípe e já deve ter bastante, um peixe chamado Jaguar, que é da América Central, um peixe muito predador, e agora no último final de semana, foi encontrado no rio Jacuípe o peixe Panga, que é do Vietnã. Esse peixe pode chegar a um metro e pesar 44 kg”, informou João Dias.

Apesar do cultivo do peixe Panga ou Pangasius (Pangasius hypophthalmus) ser permitido em alguns estados do Brasil, por produtores particulares, ele não faz parte da fauna brasileira e não deve circular livremente pelos rios do país, pois pode provocar um distúrbio ecológico muito grande ao meio ambiente brasileiro.

“Um dos problemas é que quando o peixe não é da bacia, ele não é visto pelos peixes menores como uma ameaça e se torna um grande predador, provocando desequilíbrio no escossistema. Isso prejudica o meio ambiente e espécies que ainda não foram nem pesquisadas. Por exemplo, sumiram o Rio Jacuípe o Pitú verdadeiro e o Pitú Pilão, que nunca foram alvo de estudos. As autoridades políticas e governamentais devem se preocupar com essa situação, porque o Pitú tem um alto valor comercial. As pessoas trazem para o Brasil peixes de outros países e depois descartam em nossos rios. Isso é crime e proibido”, enfatizou.

João Dias acrescentou que, se alguém tem algum peixe em casa que não é do Brasil deve procurar a Secretaria de Meio Ambiente, o Inema ou o Ibama para entregar o peixe, que deverá ser encaminhado para centros de pesquisa.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.

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Elizeu

Este peixe panga podes comer

Josevaldo da Silva Moureira

As lei que regulamenta a introdução ou criação de animais sejam nativas ou vinda de outras partes do mundo ou de outros ecossistemas tem que ser revista,pois é mais fácil comprar legalmente um animal importado (que pode acidentalmente ou propositalmente ser solto na natureza de seu pais onde não tenha predador e venha a desencadear desequilíbrio da fauna local) de que um animal nativo de seu pais,estimulando a criação de espécies exóticas que não pertencem a nossa fauna.

Alexandre Clistenes

A questão não é simplesmente o peixe ser ou não do Brasil. Para algumas espécies a vida em outros continentes pode ser até desejávle, como a espécie humana por exemplo. Mas no caso estamos nos referindo a um tipo de poluição que é a biológica. Espécies nativas possuem todo um arcabouço genético que as permite viver em determinado ambiente. Se este ambiente entra em desequilíbrio todo o ecossistema é prejudicado. Desta forma, quando tratamos de um ecossistema aquático, todo o cuidado é necessário para evitar o desequilíbrio causado por espécies nativas que vão competir por alimento, locais para reprodução e muitas vezes comer individuos jovens, ovos e larvas das espécies nativas.

Peixada boa

Se o peixe veio do Vietnã deve ter vindo daquele córrego que virou esgoto lá do Bairro Vietnã!

Ivan dos Santos Cerqueira

Com todo respeito ao funcionário da secretária de Meio Ambiente; Que o causador do sumiço de muitas espécies nativas não foram os predadores, e sim a pesca indiscriminada, não respeitando o período da reprodução; Bem como o acumulo de resíduos químicos lançados em nossas nascentes, com a coninvência e a omissão dos gestores públicos locais.

Adoniran

O mundo globalizou, um peixe de 44 kg e melhor que um de 59gr kkjj

Anderson Sousa Freitas

E outra questão é o resultado que pode ser negativo pois muitos piscicultores ultilizam esse rio e podem ter vários prejuízos por conta dessa proliferação desordenada e por conta disso gerar custos à população que é o consumidor final do processo logístico

Anderson Sousa Freitas

Já que por não ter um predador natural para ele, tentar introduzir um seria um risco enorme para o ecossistema

Anderson Sousa Freitas

Acredito ser fruto de contrabando pois como um peixe de água doce atravessaria o oceano(água salgada) pra se instalar nos rios de outro continente. Agora é contar com o órgão competente para estabelecer uma forma de controle

SeuEdy

Essa feira de santana da e deixa viu kkkkkkkkk

carlos

tanta coisa pra se preocupa tão de olho nos peixes que não é daqui do Brasil kkkkkk

Reinaldo

Mundo animal fascinante cada um pensa de uma forma uns querem preservar, outros não estão nem aí !

Luis Antonio Brito Rodrigues

Também acho!

Alexandre Clistenes

O problema é mais sério do que parece. A introdução de espécies é a segunda maior causa da extinção de espécies nativas no mundo, só perdendo em importância para a destruição dos habitats. Para entender como ocorrem os processos e tentar resolver o problema é necessário o monitoramento sistemático dos ecossistemas aquáticos locais. A Universidade Estadual de Feira de Santana possui porfissionais com a expertise necessária para realizar este tipo de estudo e uma parceria entre a Prefeitura e a UEFS seria fundamental, se existe realmente o interesse da Prefeitura em entender e resolver esta questão.

seu dé do cavaco

não entendo muito de peixe,,, mas se pode ser consumido por humanos,, acho que não chega a preocupar,,,

NICHOLAS MORENO ALMEIDA CESAR

Você só pode ser uma criança de 5 anos. Devolve o celular pro seu pai e pergunte à sua professora porque peixes exóticos não podem ser introduzidos nos rios locais. Pode desequilibrar todo o ecossistema fluvial. Cadeia alimentar é modificada fortemente. Sabe o que é isso? Pois é. Estude e verás o problema. Abraço, garoto.

Cássia

A questão não é ser ou não próprio para o consumo humano, mas sim o fato de que por não existir predador na cadeia este peixe pode proliferar e acabar comprometendo além da cadeia alimentar todo o ecossistema da região.

Alexandre Clistenes

Quando a gente não entende muito de alguma coisa e a considera importante, deve tentar buscar informações em fontes seguras. A UEFS tem um Museu de Zoologia e um Laboratório de Ictiologia (estudo de Peixes) que pode ajudar a esclarecer suas dúvidas.