Ilani Silva
Foi iniciado na última quinta-feira (27), e prossegue até este sábado (29), o Seminário de Formação de Professores do Projeto Cisternas nas Escolas. O evento, que é realizado na Pousada Central, reúne educadores de 13 municípios do semi-árido baiano, debatendo métodos de ensino apropriados às comunidades sertanejas, a chamada “educação do campo contextualizada”. A iniciativa é do Centro de Assessoria do Assuruá (CAA), Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes) e Governo Federal.
De acordo com o coordenador, Ademário Souza Costa, o projeto consiste em garantir a segurança hídrica e alimentar das escolas rurais do semi-árido baiano, levando cisternas de consumo para as famílias dos estudantes e para as escolas onde é possível criar o horto escolar.
“Nós começamos com 43 escolas, agora através de um convênio com a Cooperação Espanhola e o Governo Federal, o projeto está sendo ampliado para 830 escolas no Brasil”, disse.
Esse é o 4º ano de existência do projeto “Cisternas nas Escolas“ e algumas alterações na realidade já podem ser observadas pelo coordenador. Ele conta que existe um resgate da auto-estima dos professores, da própria condição de ser professor. “A profissão deveria ser muito valorizada, mas o que a gente percebe é a desvalorização nos sucessivos governos, mas eles entendem que são agentes de mudança da realidade de suas comunidades”, relatou.
Com o projeto, os estudantes que achavam que o semi-árido era um lugar sem viabilidade, começam a perceber a possibilidade de alimentação de qualidade, através do desenvolvimento de técnicas sociais e praticas pedagógicas que valorize o seu habitat natural. Além disso, as comunidades que não valorizavam as escolas começam a entender a importância do ensino, segundo Ademário Souza Costa.
O resultado desse projeto levou 811 famílias, das 43 comunidades a terem cisternas de consumo para beber água e utilizar em outros afazeres e das 43 escolas todas já tem cisternas de consumo e produção. “Dessas 43 escolas, 32 já tem produção de alimentação escolar realizadas por suas próprias hortas”, contou o coordenador. As informações são do repórter Ed Santos do programa Acorda Cidade