Professores da rede municipal de Feira de Santana seguem em mobilização para chegar a uma conclusão em relação à antecipação dos precatórios do Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério), que segue em impasse.
Na última segunda-feira (8), o grupo realizou uma manifestação em frente à prefeitura de Feira, pedindo a listagem dos professores que gostariam de adquirir os precatórios. Já na terça (9), o prefeito José Ronaldo disse ao Acorda Cidade que vai reabrir o prazo para que bancos possam comprar os precatórios.
A ação acontece após tentativas da gestão municipal de encontrar uma instituição financeira que queira participar do processo de pagamento, mas os professores não querem um novo chamamento.
Na tarde desta quarta-feira (10) foi realizada uma reunião com os interessados na antecipação. O encontro reuniu cerca de 90 servidores municipais.
Ao final, a professora Francisca, falou em entrevista ao Acorda Cidade, que com o auxílio do advogado que está representando o grupo, eles conseguiram uma instituição bancária que está disposta a resolver o pagamento, mas para isso, a listagem precisa ser corretamente disponibilizada até esta quinta-feira (11).
“Já temos uma proposta, é um fundo. O fundo é que exige esse documento, porque eles não podem pagar uma coisa no escuro sem saber os valores de cada professor. Nós vamos esperar até amanhã de manhã para ser entregue ao Sindesp – Sindicato dos Servidores Públicos de Feira de Santana”, pontuou.
Segundo Francisca, a listagem que foi entregue anteriormente pelo prefeito está incompleta, faltando dados sobre a carga horária, tempo de serviço, entre outras informações.
“Nós queríamos pedir ao senhor prefeito que fizesse a gentileza de colocar essa listagem a nosso favor. Portanto, queremos dizer que o professorado da rede municipal não aceita esse chamamento, porque já foi feito tudo conforme determinação judicial, ganhamos em todas as instâncias e não temos mais necessidade de chamamento”, disse ao Acorda Cidade.
A professora ressaltou que já são um ano e sete meses de mobilização dos professores que querem a antecipação dos precatórios, mesmo com o deságio.
“Ganhamos em todas as instâncias. Então, senhor prefeito, não há mais necessidade de chamamento. Nós, professores, não aceitamos. Precisamos urgentemente desta lista. Queríamos que o senhor tivesse a humanidade e o respaldo necessário que nós temos para exigir do senhor isso, que anule esse chamamento. Não precisamos mais disso, nós já temos tudo pronto. Precisamos da listagem”, acrescentou.
Ainda segundo Francisca, a maioria dos professores que solicitou a antecipação são pessoas idosas, que enfrentam dificuldades financeiras e de saúde.
“Nós ganhamos um salário, que vivemos penhorados nos bancos, que vivemos muitos nas mãos de agiotas. E outra: a maioria dos professores são idosos e estão doentes. Muitos com problema de câncer, com problema renal.”
Com informações do repórter Ney Silva e do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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