Andréa Trindade
De 16 a 19 de agosto não haverá aula na rede municipal de ensino, em Feira de Santana. Depois várias reuniões de negociações, sem sucesso, os professores decidiram entrar em paralisação até a próxima sexta-feira (19). A greve foi decretada por unanimidade na assembleia realizada no último dia 10.
Amanhã (16), haverá uma paralisação nacional pelo reajuste do piso salarial da categoria e na quarta-feira (17), os professores iniciarão um ato público, às 9h, na Praça do Nordestino. Segundo o professor Germano Barreto, presidente da APLB, será feito um cortejo fúnebre simbolizando o enterro da Educação, pelo mau uso das verbas e desvalorização do professor e de sua carreira. Ele informou também que no dia 19 haverá outra assembleia, às 9h, no restaurante killogril, para avaliar o movimento.
Na última assembleia realizada também foram definidos: A publicação de outdoors com frases relacionadas ao não cumprimento do acordo de revisão do Plano de Cargos e Salários e também da publicização de dados sobre os investimentos do FUNDEB e outras verbas da Educação em Feira de Santana e a criação e disponibilidade da receita da entidade para o "Fundo de Greve", mecanismo de empréstimo aos professores, caso o governo anuncie e cumpra com o corte de salários.
A prefeitura
Com relação à paralisação anunciada pela APLB, a Secretaria de Educação considera a decisão descabida, já que permanece aberta a negociação entre o Governo Municipal, conforme ressalta o secretário José Raimundo Pereira de Azevêdo.
Leia nota abaixo:
Nota de esclarecimento
O Governo Municipal de Feira de Santana, através da Secretaria de Educação, vem a público esclarecer os investimentos feitos pela Administração Municipal ao longo dos últimos dois anos e meio na rede municipal de ensino.
A Prefeitura reformou e ampliou mais de 140 escolas e iniciou a construção de outras quatro unidades de ensino. Além de melhorias na estrutura física, as escolas da rede municipal também foram aparelhadas com Centros Digitais, lousas eletrônicas, além da implementação de projetos pedagógicos, e de leitura, como também distribuição de 50 mil kits de fardamento para os alunos, o que inclui duas camisas, short, meia, tênis e mochila.
Quanto aos professores e funcionários da Educação, o Governo Municipal tem priorizado a melhoria salarial da categoria, com destaque, inclusive, a reajuste de salário e a conclusão de processos de mudança de referência e alteração de carga horária, atendendo ao Plano de Cargos e Salário. Em Feira de Santana, o piso estabelecido pela Prefeitura é de R$ 1.207 reais; valor acima do estabelecido pelo MEC, de R$ 1.187.
Nesses dois anos e meio, um total de 691 professores da rede municipal já foram beneficiados com mudanças de referência. Com o esse benefício, os professores foram contemplados, em sua maioria, com o reajuste salarial de até a 80 por cento sobre o salário.
No que se refere às alterações de carga horária dos professores foram publicadas 230 em dois anos, dobrando o salário desses profissionais. Já os abonos pecuniários foram 1.438 publicados, correspondente ao pagamento de mais três meses de salários.
Assim, o Governo Municipal considera a paralisação dos professores da rede municipal, programada para os dias 17, 18 e 19 de agosto, abusiva, uma vez que o diálogo permanece aberto entre a Secretaria de Educação e a APLB – Sindicato.
(Com informações do repórter Paulo José do programa Acorda Cidade).