Feira de Santana

Procissão do Fogaréu movimenta Semana Santa em Feira de Santana

Em discurso para o público presente no interior da Capela do Hospital Dom Pedro de Alcântara e depois na igreja da Matriz, Dom Itamar Vian lembrou dos mais de 140 homicídios já registrados este ano em Feira de Santana. Na opinião dele, toda vez que uma pessoa é assassinada é um Cristo que morre.

Ney Silva


Centenas de pessoas participaram na noite de quinta-feira (05), da Procissão do Fogaréu. Os fiéis se concentraram por volta das 19h na capela Nossa Senhora da Piedade (no Hospital Dom Pedro de Alcântara) de onde saíram em caminhada pelas ruas da cidade.

A procissão foi coordenada pelo arcebispo metropolitano Dom Itamar Vian e pelo vigário geral da Arquidiocese José Nery.

Durante todo o trajeto até a Catedral Metropolitana de Senhora Santana, agentes da Superintendência Municipal de Trânsito (SMT) organizaram o tráfego nas Avenidas Maria Quitéria, Getúlio Vargas, Senhor dos Passos e rua Conselheiro Franco. Como ocorre todos os anos, os fiéis pararam em frente à igreja Senhor dos Passos e na Igreja da praça Dr. Remédios Monteiro.


O Monsenhor José Nery, vigário geral da Arquidiocese de Feira de Santana, explicou que o significado da Procissão do Fogaréu está na Bíblia e consta no relato do Evangelho de São João, capítulo 18, que relata a ação dos soldados romanos para prender Jesus que estava no Jardim das Oliveira.


Segundo Nery, quando os soldados romanos foram capturar Jesus no Jardim das Oliveiras, eles usaram tochas e lanternas porque o local estava muito escuro – era noite. Ele ressalta que na simbologia dos tempos atuais, as lâmpadas acesas representam luzes das nossas atitudes, do nosso otimismo, das políticas públicas e da nossa interação social.

O Monsenhor destacou a participação das pessoas nos eventos promovidos pela igreja Católica em Feira de Santana.“ Quero registrar a participação do povo nos eventos e essa procissão chamada de Fogaréu remonta a mais de 150 anos de história e está presente na vida religiosa e de caminhada dos católicos”, informou Nery.


Em discurso para o público presente no interior da Capela do HDPA e depois na igreja da Matriz, Dom Itamar Vian lembrou dos mais de 140 homicídios registrados este ano em Feira de Santana. Na opinião dele, toda vez que uma pessoa é assassinada é um Cristo que morre.

Fotos: Ney Silva/Acorda Cidade