Feira de Santana

Problema recorrente: chuvas agravam situação de ruas e avenidas de Feira de Santana

Durante a semana, repórteres do Acorda Cidade percorreram algumas ruas da cidade para verificar a situação.

Daniela Cardoso

Algumas ruas e avenidas de Feira de Santana são consideradas pontos críticos sempre que chove por causa do grande acúmulo de água, que gera prejuízos e transtornos a moradores e comerciantes. Durante a semana, repórteres do Acorda Cidade percorreram alguns desses pontos para verificar a situação. Entre eles a Rua Calamar, no bairro Conceição, que é alvo de reclamações de moradores há bastante tempo.

As obras de drenagem estavam sendo realizadas no local, mas estão paralisadas desde o dia 7 de janeiro, quando o operário Ricardo Santos Conceição, 22 anos, morreu soterrado em um acidente. 

O comerciante João Gonçalves de Souza, que mora na Rua Calamar há 13 anos, disse que ao mesmo tempo em que vive a expectativa da retomada da obra, se sente sem esperanças. Ele tem um mercadinho na rua e afirma que os prejuízos são grandes.

“Desde que conheço esse bairro é a mesma situação. A obra está embargada pela justiça e está tudo parado. Como comerciante, isso me traz muitos prejuízos. Minhas vendas caíram em torno de 40%. O cliente mudou de rota. Agora as pessoas passam por outras ruas”, afirmou.

Outra moradora que vive no bairro há 40 anos também reclama dos transtornos causados pelas obras paradas. “A Rua Calamar está cheia de buracos, de água. Os carros e os ônibus quase que não passam por aqui. A gente não suporta mais essa situação”, disse.

A Avenida Eduardo Fróes da Mota, nos pontos próximo a entrada do Conjunto Feira VII e do bairro Santa Mônica, também fica totalmente alagada sempre que chove.

Francine Soares, que é gerente de uma revendedora de automóveis na avenida, nas proximidades da Santa Mônica, também fala em prejuízos. De acordo com ela, a maioria dos clientes desiste dos agendamentos no período da chuva. Além disso, ela diz que as vendas também ficam prejudicadas.

“Temos uma saída na parte traseira da loja, mas muitos desistem por causa do acesso, que é um pouco difícil. Os nossos veículos ficam expostos na frente da loja para atrair o cliente, mas do modo que está não há condições. Estamos perdendo muito dinheiro com isso e se a chuva continuar, a queda nas vendas será grave”, destacou.

A gerente conta que uma bomba para retirar a água foi comprada em parceria com outra loja para tentar amenizar a situação e retirar a água que fica empossada na frente da loja, mas ela afirma que não resolve o problema.

“A bomba demora cerca de 4 horas para secar a água aqui na frente, se não estiver chovendo. Se tiver, demora mais. Já acionamos o nosso jurídico que deve entrar em contato com a prefeitura e também com a Viabahia para saber o que deve ser feito.

Rua Vicente Reis, que liga a Avenida Fraga Maia ao bairro Papagaio (Fotos enviadas via Facebook pelo internauta Clauzio)

Rua do bairro Rocinha (Enviada por internauta via WhatsApp)

As informações e fotos são dos repórteres Ed Santos e Paulo José do Acorda Cidade