
O prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo de Carvalho (União Brasil), divulgou que está em andamento um plano para concentrar todas as secretarias municipais na região central da cidade. O projeto, que prevê a ocupação de dois espaços estratégicos, é uma alternativa para manter os serviços públicos próximos ao comércio.
Ronaldo falou sobre o assunto durante uma entrevista coletiva, realizada na manhã de quarta-feira (17), onde foi apresentado o balanço das ações deste, que é o primeiro ano do quinto mandato do gestor, à frente da cidade conhecida como Princesa do Sertão.
Proximidade Estratégica
Para o prefeito, manter os serviços públicos no centro é uma forma de valorização do setor do comércio, principal motor econômico da cidade, e uma alternativa para concentrar as pastas, já que a construção de um centro administrativo é inviável por conta da falta de espaço.

“Eu disse a minha vida inteira: se for para eu fazer um Centro Administrativo lá na estrada do Calundu, eu não faço nunca. Há 15 anos, poderíamos fazer no Corredor dos Araçás, na Artêmia Pires, mas hoje é impossível. Na região do Papagaio, vamos ter que desapropriar quase todas as chácaras de lá porque também não existe mais espaço para fazer”, disse Ronaldo.
Proposta em Andamento
O prefeito adiantou que, pensando em deixar as secretarias mais próximas dos comércios e levando em consideração a nítida falta de espaço, está articulando a aquisição de dois locais no centro para acomodar as secretarias que estão mais distantes. Um dos desejos é adquirir o antigo prédio do INSS, que fica localizado na Rua Sales Barbosa.
“Ontem eu fiz um ofício e enviei à presidência do INSS, dizendo que, se eles desejarem e colocarem à disposição do município, nós assumimos aquele prédio. Vamos reformar e instalar lá cerca de quatro secretarias. Não tem problema de estacionamento, porque o estacionamento [da prefeitura] fica perto. Então, quem vai trabalhar lá, estaciona os carros aqui”, disse Ronaldo.
Um Palácio de Ministérios?
Já o segundo local que a prefeitura deseja adquirir continua guardado a sete chaves com José Ronaldo e, muito provavelmente, com os secretários mais fiéis. O prefeito adiantou que as negociações já iniciaram, mas o assunto exige muita cautela.
“Eu não recebi o retorno ainda do que poderia receber sobre esse assunto, mas, como é um assunto que exige cautela, silêncio, eu estou trabalhando nisso, buscando uma oportunidade de um lugar, fazendo a sondagem de preços. Se os preços estiverem compatíveis com o que o município deseja, teremos uma novidade ainda este ano”.
“Se o INSS ceder, vamos recuperar o prédio. É um prédio histórico feito em Feira de Santana nos anos 1950. O estado do prédio está bom e perfeitamente recuperável. Isso dando certo, a gente centralizaria 100% do governo aqui na área central, porque eu acho que a força dessa cidade está no comércio, depois na indústria, depois nos serviços, empresa de prestação de serviços. E, seguramente, você tirar os órgãos públicos daqui do centro da cidade, nos locais onde aconteceu isso, infelizmente prejudicou o comércio”, complementou Ronaldo.
Concha Acústica de Feira
Ainda como tema a falta de espaço em Feira de Santana, o prefeito respondeu a um questionamento sobre se estavam nos planos a construção de uma concha acústica para a realização de shows na cidade, uma opção para abrigar eventos de grande porte.
O prefeito destacou que, normalmente, os modelos desse tipo de casa de shows, a exemplo da localizada em Salvador, funcionam através do modelo de concessão para que empresas privadas utilizem o espaço e que, certamente, a construção de uma no solo feirense não iria viabilizar eventos públicos.
“Se você for fazer uma concha acústica para 5 mil pessoas, não é o suficiente? O Natal Encantado recebe cerca de 10 mil pessoas. Salvador, por exemplo, faz um Réveillon na Orla. É o único lugar que tem. Começou a fazer em frente ao Mercado Modelo. Não deu, levou para a Orla porque é o único lugar que tem. A cidade cresce, a cidade evolui, a cidade avança, então você não consegue deixar um espaço para 100 mil pessoas. Não tem como”, finalizou o prefeito.
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