Prefeitura inicia recadastramento de comerciantes do Shopping Popular que tiveram os boxes lacrados

Permissionários do Shopping Popular Cidade das Compras, que atuavam como camelôs no centro da cidade e foram alocados para o empreendimento, compareceram na manhã desta quinta-feira (21) à Secretaria de Desenvolvimento, Trabalho e Turismo (Settdec) para participarem do recadastramento, que está sendo feito pela prefeitura. O objetivo é viabilizar a reabertura dos boxes que foram lacrados e buscar uma solução com relação às taxas a serem pagas por eles, como aluguel e condomínio.

Em entrevista ao Acorda Cidade, a permissionária Jose da Silva destacou que a prefeitura pretende fazer um mapeamento da situação dos camelôs que ainda estão no shopping, porém sem trabalhar devido ao fechamento dos boxes pela administração.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“O prefeito convocou os camelôs para virem aqui para um recadastramento, para ver o que irá fazer sobre o aluguel dos camelôs que foram alocados para o Shopping Popular. Então vai fazer um mapeamento. O meu boxe já está há uma semana sem energia e há três dias lacrado, então estou sem trabalhar. E à medida que a pessoa vem até a secretaria, ela manda a foto para lá e manda deslacrar o boxe”, afirmou.

Outra vendedora, Maria Sônia salientou que está difícil trabalhar no local devido às altas taxas cobradas para permanecerem lá e espera que haja uma redução.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Mesmo porque nós camelôs, que fomos retirados das ruas, não achamos justo ficar pagando o mesmo valor que as lojas que a concessionária vende, a título de aluguel e condomínio. Algum benefício tem que ter para a gente que é camelô e foi levado para lá. A gente tem que acreditar, porém esse recadastramento não muda nada por enquanto. A única coisa boa que vai acontecer é a retirada dos lacres, mas isso não nos dá garantias de que Elias não vai mandar lacrar de novo, e a energia que foi cortada, que vai religar. Enquanto o poder público estiver se manifestando a favor da nossa classe e não houver algo que contradiga o que foi prometido, a gente vai continuar acreditando”, disse.

A permissionária Mara da Silva afirmou que os camelôs deveriam pagar uma taxa mínima. “Com ssa convocação, graças a Deus o pessoal da prefeitura e José Ronaldo está tentando resolver a situação dos camelôs. Como a gente tem 9 mil metros quadrados, o prefeito tem que rever a situação da gente, fazer o mapeamento para ver quem é camelô de verdade e estamos resolvendo aí para ver paga uma taxa mínima, porque não tem vendas. A gente vive de auxílio, e também mantém uma mercadoria em casa e vende online.”

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

O secretário Sebastião Cunha informou que a atualmente a prefeitura não sabe quantos permissionários estão atuando de fato no shopping e por isso realizou esta convocação.

“Primeiro que eram 1.800 camelôs cadastrados, mas só apareceram lá para fazer a contratação 1.470, desses, segundo as lideranças que estão aqui, deve ter em torno de 600. O Elias Tergilene disse um dia em uma rádio que só tinha pouco mais de 100. Então precisamos saber quantos existem. Tenho a relação de todos que assinaram o contrato e estou conferindo. Eles devem trazer o contrato original e uma cópia, para a gente autenticar. Pergunta se o box está fechado ou aberto, a gente coloca o dono na frente do box e fotografa, sabendo que ele tem toda a documentação, e esse pessoal a gente vai chamar para resolver a situação. E os boxes serão reabertos. Essa portaria é o primeiro movimento das ações determinadas pelo prefeito, que encomendou a mim e ao vice-prefeito Fernando de Fabinho buscar uma solução”, explicou.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.

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