Laiane Cruz
Os moradores do Residencial Santa Bárbara, localizado no bairro Mangabeira, em Feira de Santana, que na semana passada realizaram uma manifestação contra o serviço de transporte urbano prestado ao local, ameaçam repetir o protesto esta semana caso a Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito não aumente o número de veículos para a linha.
A líder comunitária Romilda Machado Benevides afirma que o transporte público em Feira de Santana está sucateado, e que a secretaria deveria olhar mais pelo bairro Mangabeira, devido ao crescimento do local.
“Somente aqui na Avenida Iguatemi são mais de 10 empreendimentos do Minha Casa Minha Vida, além do núcleo habitacional Conceição III, que é o Conjunto Conder, e esses ônibus não abrangem só os residenciais, eles pegam a Praça da Mangabeira, Feira V, e a capacidade não está dando mais conta. São sete ônibus, que ficam superlotados e quebram direto”, informa a moradora.
De acordo com Romilda Benevides, foi feito um levantamento pelos líderes comunitários da região e ficou constatado que somente na Avenida Iguatemi moram aproximadamente 15 mil pessoas. “São cerca de cinco mil famílias, que multiplicando por três dá 15 mil. O poder público e a empresa têm que olhar com atenção. Ontem eu peguei o primeiro balão, às 5h25, e havia 78 passageiros, pois fiz a questão de contar”, declara.
(Moradores ameaçam novos protestos)
Ainda segundo a líder comunitária, devido ao mau serviço prestado pela Princesinha, o transporte clandestino tem se fortalecido no bairro. Ela afirma que há 90 dias os líderes comunitários participaram de uma reunião com a empresa de ônibus, na sede da SMTT, para pedir melhorias e propor uma nova linha Mangabeira-Terminal Norte.
“Mostramos para eles que era viável, e simplesmente o carro parou de rodar e não comunicaram a gente. E quem é cobrado não é o prefeito, não é a empresa de ônibus, somos nós enquanto liderança. E hoje a melhor maneira de manifestar é botar os passageiros no ônibus de graça, nós fechamos a catraca com uma corrente e a população aderiu pacificamente. Tivemos uma reunião na Princesinha e se os ônibus continuarem com essa precariedade, quebrando, com esse transtorno todo, nós vamos fazer novamente. E isso eu quero que sirva de exemplo para outras comunidades que estão sofrendo tanto quanto a gente”, reclamou a líder comunitária.
As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.