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O ato e a emoção de solidarizar-se tomaram conta dos policiais militares durante a entrega das doações da Campanha do Agasalho realizada na tarde da última quinta-feira (10) pela 67ª Companhia Independente e na sexta-feira (11), através da 64ª e 65ª CIPM em Feira de Santana.
As expressões de agradecimento, a oportunidade de ouvir alguns relatos de vida dos internos das entidades e de pessoas da comunidade arrancaram lágrimas dos homens e mulheres vistos, muitas vezes, apenas como repressores.
O sentimento de solidariedade mostrou que os policiais também são cidadãos e tem sentimento. Os policiais diretamente envolvidos na ação expressaram suas emoções. “Como pessoa, me senti privilegiado em realizar a doação para a comunidade. Como policial militar me senti entre choque de razões, nós que combatemos o tráfico e o traficante podemos contribuir minimamente para essas instituições que se doam a oferecer uma nova oportunidade a essas pessoas. Parabéns à PM, parabéns às entidades filantrópicas”, disse o major Müller comandante da 64ª CIPM.
“É uma ação solidária, na perspectiva de uma polícia comunitária. Além disso, integra o cidadão à PM e desmistifica as visões pessimistas propagadas na sociedade”, afirmou o capitão José Luiz, subcomandante da 67ª CIPM.
Já para o sargento Sérgio da 65ª CIPM, o respeito e o carinho da sociedade, o sorriso das crianças cativou os PMs. "Eu e o tenente Fernando Gomes ficamos felizes em participar ativamente do projeto, representando não só a imagem da nossa CIPM, do CPRL e da Instituição, mas da classe policial militar como um todo”.
A chegada das viaturas nas entidades chamou a atenção de alguns curiosos, mas o que eles não esperavam é que a missão do dia tinha um nome: solidarizar. O que também chamou a atenção das pessoas.
“Achei o ato, vindo especialmente da PM, maravilhoso e importante”, disse Carlos Alberto do Centro de Recuperação Nova Vida, durante entrega das doações, realizada pela 67ª CIPM.
“Eu achava a PM muito distante, hoje estou vendo um lado humano e fraterno por parte dos policiais,” disse uma representante da comunidade. “A iniciativa da PM em manter laços com a comunidade é importante, vocês são seres humanos. Estão desenvolvendo um excelente trabalho,” refletiu o padre Augusto da Paroquia São José do Campo Limpo.
“Aos meus 52 anos de idade, nunca vi um trabalho desses, vindo da PM, vocês estão de parabéns” relatou Paulo, interno do Centro de Recuperação Sou Livre.
Os Centros de Recuperação atendidos pela Campanha do Agasalho em Feira de Santana acolhem em média de 30 a 100 pessoas, entre homens e mulheres na faixa etária de 18 a 60 anos, e o trabalho de recuperação tem duração de 9 meses. Muitos deles não contam com o apoio da família.
