Feira de Santana

Polícia instaura inquérito para apurar morte de criança em atividade extraclasse

A polícia solicitou a lista de servidores que participaram da atividade extraclasse.

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Andrea Trindade

A Polícia Civil de Feira de Santana está investigando a morte do estudante de 10 anos Allanderson Souza Santana, aluno da Escola Municipal Eurides Franco de Lacerda. Ele morreu na última quinta-feira (25), após um acidente na piscina de um sítio, no bairro Conceição, onde participava com seus colegas de uma atividade extraclasse referente às comemorações do Mês da Criança.

O coordenador regional de polícia (1ª Coorpin), delegado Roberto Leal, informou que já foi instaurado um inquérito policial para apurar o homicídio culposo da criança. A Secretaria Municipal de Educação afirmou que a atividade contou com o acompanhamento de uma equipe de professores. A criança foi socorrida e levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Mangabeira, onde foram feitos todos os protocolos de atendimento de urgência.

O delegado Roberto Leal solicitou a lista de servidores que participaram da atividade extraclasse e disse que a equipe de investigação já esteve no sítio onde ocorreu o afogamento.

“Já foi feito o levantamento no local, faremos uma reunião com a Secretaria de Educação para fornecer os nomes de todos os professores e monitores que participaram desse passeio. Queremos saber como foi estruturado esse passeio, se no local havia pessoas responsáveis pelas crianças, se era permitido o uso da piscina, e a partir daí vamos concluir o inquérito verificando se houve negligência por parte de alguém e indiciar ou não os responsáveis pela morte da criança. Vamos ouvir incialmente as pessoas que estavam ligadas diretamente ao fato, que são os professores e monitores, vamos ouvir familiares, pais de outras crianças e, se forem satisfatórias as oitivas com essas pessoas, não será necessário ouvir outras”, informou o coordenador ao Acorda Cidade.

O delegado fez um alerta sobre os cuidados com as crianças, principalmente em locais com piscinas, rios e praias.

“Nesses passeios têm que ser designadas pessoas não apenas para fiscalizar, mas também preparadas para dar primeiros-socorros. Tudo isso será analisado na investigação. Ainda não sabemos quantas crianças e professores participaram da atividade e vamos saber se a quantidade de servidores disponibilizados era ou não suficiente para o passeio. O primordial agora é que outras fatalidades como esta não ocorram. Que isso sirva de exemplo não apenas para escolas públicas e particulares, mas também em festas de fim de ano. O uso de piscina precisa de uma cautela maior", declarou.

Segundo o delegado, os envolvidos podem ser indiciados por homicídio culposo, na modalidade negligência. “É o que inicialmente se constata em relação a este caso, mas vamos inclusive aguardar o laudo pericial para verificar se a causa da morte foi realmente afogamento. Serão apurados vários fatores e é prematuro estabelecer o que foi ou que não foi, mas a pena para homicídio culposo na modalidade de negligência é de um a três anos de prisão e outras consequências jurídicas.

Por conta da morte do estudante, o prefeito Colbert Martins Filho decretou luto oficial de um dia, na última sexta-feira (26).

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Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.