Passageiros do distrito de Tiquaruçu protestam contra a licitação que vai reduzir as vagas do transporte alternativo

^{Rachel Pinto}

Moradores do distrito de Tiquaruçu, em Feira de Santana, se uniram a motoristas e cobradores de vans e fizeram uma manifestação, na manhã desta segunda-feira (6), em frente ao portão principal da Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), para protestar contra a licitação do poder público que prevê a redução de vagas do transporte alternativo para a zona rural.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Segundo os moradores, essa medida vai prejudicar bastante a população, que depende do transporte e apenas o ônibus não consegue atender à demanda dos passageiros.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Com muitos cartazes e fazendo um apitaço, o grupo reivindicou pela continuidade das vans.

A dona de casa Maria das Neves afirmou que a comunidade do distrito de Tiquaruçu apoia o transporte alternativo e são as vans que atendem à maioria dos passageiros que precisam vir até Feira de Santana para realizar suas compras e fazer suas atividades.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Essas vans que levam a gente para fazer tudo o que precisamos. A gente mora até 4km de distância da sede e o ônibus não chega até lá. São as vans que fazem o transporte, levam nossa feira e tudo mais. Não podem tirar os carros da linha”, salientou.

Antônio de Jesus, morador da comunidade de Olhos D’água da Formiga, contou que os moradores querem a continuidade do transporte alternativo no distrito. Segundo ele, toda a comunidade necessita do serviço das vans.

“Precisamos dos carros, dos motoristas, dos cobradores. Queremos que as vans fiquem”, disse.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

José Ricardo Carvalho de Souza, que é o vice-presidente da Associação de Passageiros do Transporte do distrito de Maria Quitéria, informou que atualmente são 17 carros rodando para a localidade e o trabalho dos motoristas e cobradores é das 5h às 18h30. De acordo com ele, a redução do número de vans vai impactar dezenas de pessoas que atuam no transporte alternativo.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“A gente não tem condições de entrar em uma licitação dessas. Hoje melhoramos nossos carros, fizemos dívidas e como é que vamos pagar essas dívidas? São na faixa de 40 empregos diretos e indiretamente a gente nem calcula entre motoristas e cobradores. A população junto conosco se uniu e está aqui batalhando para manter o seu transporte. Está todo mundo revoltado com essa licitação e gostaríamos que o nosso gestor pudesse rever essa decisão”, observou.

Após a manifestação, representantes do transporte alternativo se reuniram com o secretário de Transportes e Trânsito, Saulo Figueiredo, para tentar resolver a situação. Em entrevista ao Acorda Cidade, o secretário afirmou ainda que haverá uma reunião com o prefeito para tratar do assunto.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.

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