Andrea Trindade
Indignada com a situação do transporte público de Feira de Santana, a técnica em Análises Clínicas Marileide Valverde, 36 anos, gravou um vídeo na tarde de segunda-feira (12), que ganhou repercussão nas redes sociais.
O registro mostra o momento de uma discussão entre uma cobradora e um passageiro em um ônibus do roteiro do bairro Gabriela (placa: LVB-9467, número de ordem A173) e a situação do veículo com muitos bancos danificados e sujos.
Ainda no vídeo, Marileide conta que já sofreu um acidente no ônibus e acionou a justiça: “É nessa carroça que nós usuários do transporte coletivo de Feira de Santana estamos sujeitos, porque não temos outra alternativa. Já não basta o acidente que aconteceu comigo em agosto, estou acionando a justiça agora até por falta de respeito”. (Sic)
Em entrevista ao Acorda Cidade, ela contou que fraturou o cóccix e que faz fisioterapia por conta da queda ocorrida no dia 4 de agosto do ano passado, motivando seu afastamento do trabalho.
“Tudo começou quando eu saí de casa para trabalhar pela manhã, peguei o ônibus da Gabriela com destino ao Terminal Central. Lá eu peguei o Subaé Santa Mônica, que faz linha para o Clériston Andrade, pois eu trabalho no Hospital da Criança, e aconteceu que desde a Avenida Getúlio Vargas o ônibus vinha apresentando problemas. Os passageiros começaram a discutir com o motorista porque estavam atrasados para bater o ponto, porque era mais de 7h10 da manhã. Quando o ônibus entrou no bairro do Subaé, entrou numa rua que não era do trajeto habitual, e começou outra discussão. Ele (o motorista) ficou muito nervoso, e o ônibus caiu numa cratera. Eu fui projetada para cima, bati a cabeça no teto, e cai sentada”, relatou.
Ela contou que foi socorrida para o Clériston Andrade e desde então está sem trabalhar porque ainda não teve alta médica, uma vez que ainda sente muitas dores.
“A única assistência que eu tive da empresa foi quanto à medicação, e nos dias que eu não poderia andar, logo nos primeiros dias, me disponibilizaram um carro pra estar deslocando para o médico. Mas, até o momento não tenho mais nenhuma notícias, e eu estou com uma perícia remarcada para o dia 29 de janeiro, e eu tenho que esperar ainda esse período para ver se vai ser aprovado um benefício ou não. O que eu recebi esse mês foi no valor de R$ 249, 23. Alguém come e sobrevivi com esse valor?” questionou.
Marileide disse também que vai buscar os direitos dela na Justiça. “Eu pensei eu vou acionar a justiça, não só pelo que aconteceu comigo, mas porque eu sei o que são causados a outros usuários, devido às mas condições físicas dos ônibus e a falta de profissionalismo dos funcionários. Vou acionar também pelo falso testemunho do motorista que disse que eu apenas me senti mal e não foi isso que aconteceu”, informou.
Com informações do repórter Danilo Freitas do Jornal da Manhã na Jovem Pan

