Laiane Cruz

A suspensão do serviço de transporte coletivo em Feira de Santana tem provocado queda nas vendas do comércio. Desde o dia 16 de agosto, os feirenses que precisam se deslocar entre os bairros e para o centro da cidade enfrentam dificuldades, contando somente com veículos do transporte alternativo e mototaxistas.

De acordo com o gerente de uma ótica do centro da cidade, Ramon Islam, as vendas caíram em torno de 50%. Ele disse que ainda não sabe se terá como pagar todas as contas do mês, devido ao fraco movimento. “Vou pagar as contas e se contentar com o mínimo. Está muito difícil até para providenciar o aluguel da loja”, afirmou.

Proprietária de uma loja de confecções e material de limpeza, Márcia Silva da Conceição conta que enquanto o cliente não vem, organiza e tira a poeira da loja. Ela afirma que com a paralisação dos ônibus, este mês vendeu 50% menos que nos meses anteriores.

Já o comerciante Gerlânio Vieira Alves, dono de um box de produtos eletrônicos, acredita que a paralisação do transporte coletivo veio agravar ainda mais a situação do comércio de Feira de Santana, que já sente os efeitos da crise econômica do país.

“Com essa crise, o pessoal só vem para o comércio mesmo pra resolver alguma coisa importante. Os que vêm pra negociar são poucos, caiu muito. Nós estamos com a expectativa de a partir de quarta-feira voltarem os ônibus, porque caiu de 60 a 70% as vendas”, estimou, avaliando que infelizmente o número é muito alto.

As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade.