Daniela Cardoso
Seca
Obra que garante ampliar rede de água na zona rural deve ser iniciada em junho
Segundo o gerente da Embasa, foi investido mais de 1 milhão de reais em um convênio para levar 50 quilômetros de rede, para cerca de 40 localidades nos distritos de Feira de Santana.
Medidas para amenizar a situação da população da Zona Rural de Feira de Santana que sofre com a seca, além das ações do Governo do Estado relacionadas ao fortalecimento e ampliação da rede de abastecimento de água para a região norte do município, foram debatidas nesta sexta-feira (4) durante uma reunião organizada pelo deputado estadual e líder do governo, Zé Neto.
O deputado afirmou que o estado está investindo na limpeza de águadas, está ajudando a população com cestas básicas e está caminhando juntamente com o Governo Federal para melhorar a convivência da população com a seca.
O gerente da Embasa, José Neidson, falou sobre os investimentos da empresa para levar água aos distritos. Segundo ele, foi investido mais de 1 milhão de reais em um convênio para levar 50 quilômetros de rede, para cerca de 40 localidades nos distritos de Feira de Santana.
“Provavelmente em junho essas obras deverão ser iniciadas. A Embasa ainda está investindo em um centro de reservação que vai custar 48 milhões, porque além dos três grandes reservatórias vão ter grandes redes de até 3 mil milímetros”, informou.
A sindicalista, Conceição Borges, esteve na reunião, mas foi embora antes do início. De acordo com ela, o evento estava marcado para iniciar as 9 horas, porém as 11 ainda não tinha começado.
“Eu estou indo embora porque tenho um compromisso com os trabalhadores. Eles mudaram o foco da reunião para conversar com o sindicado dos professores. Isso é uma falta de respeito com os trabalhadores rurais. A maioria está indo embora”, disse.
Situação da população rural
Conceição Borges falou sobre a situação da população da zona rural. Segundo ela, está faltando água para garantir o mínimo da produção e em algumas localidades falta água até para beber.
“A água encanada é muito cara e as famílias tem que racionar. Além disso, essa água só serve para o consumo diário, pois tem química. Em alguns lugares o homem do campo está comprando água salgada. Na comunidade de Olaria, distrito de Jaguara, o povo vai morrer de sede, pois lá não tem água nem para comprar”, relatou.
A sindicalista afirmou que uma das reivindicações da zona rural é o planejamento da distribuição da água, de acordo com a necessidade das pessoas que lá vivem.
“Temos várias cisternas de capacitação de água, temos vários tanques que eram de terra e queremos a ampliação e temos as antigas cisternas que chamam de poço. Como não houve um planejamento, um investimento para garantir armazenamento de água na zona rural, hoje estamos vendo esse caos”, lamentou.
Outro problema relatado por Conceição é sobre a extensão da rede, que segundo ela, tinha a capacidade de garantir água para 30 pessoas, foi ampliado para 60, mas a oferta não aumentou.
Sobre esse problema, o gerente da Embasa assumiu que existe uma dificuldade e disse que outros meios para dobrar a capacidade estão sendo estudados. Ele afirmou ainda que a Embasa está trabalhando com projetos de adequação dessa distribuição, para que todas as comunidades sejam atendidas.
As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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