Acorda Cidade
Em três anos e meio, a redução em Feira de Santana no número de famílias que recebem o benefício do Bolsa Família caiu 29%. Passou de 51 mil para 36 mil. Outros dois mil estão em processo de avaliação pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário. Caso sejam deferidos, a quantidade de famílias beneficiadas no município passará a 38 mil e o percentual cairá para 25%.
Para o secretário de Desenvolvimento Social, Ildes Ferreira, a redução na quantidade de pessoas que dependem dos repasses mensais para sobreviver deve ser vista positivamente. A situação de um município, em termos de renda, é positiva à medida que a quantidade de pessoas que dependem dos programas sociais para sobreviver diminua. Significa que as famílias encontraram trabalho; uma maneira de obter renda.
Esta significativa redução, analisa, é um importante indicador de que o município não sofre toda a contundência da crise na economia que assola o país. “Confirma as pesquisas sobre o potencial de Feira de Santana divulgadas”. Ildes Ferreira destaca o trabalho de inserção ao mercado realizado pela Casa do Trabalhador, a qualificação oferecida pelo Cicaf Gilza Melo (Centro Integrado de Apoio do Adolescente e Família).
Mais o Feira Produtiva, que incentiva núcleos rurais a produção de alimentos em pequenas fábricas e o Acessuas, que tem como finalidade de promover o acesso ao trabalho das pessoas que dependem da assistência social.
“São iniciativas que são portas de saída para o Bolsa Família”, afirma o secretário. Sair é uma das dificuldades encontradas pelos beneficiados do programa.
O secretário enumera que a suspensão por caso de morte do titular, transferência de domicílio e o rigor nas avaliações das informações também são fatores para a redução, mas com percentuais baixos.
O programa é autodeclaratório. Os analistas tomam como verdadeiras as informações prestadas pelo proponente, como estar desempregada ou ser pobre, por exemplo. Para ter direito ao benefício, a renda por pessoa da família não deve passar de R$ 115,00 mensais.