Feira de Santana

Novo diretor do CIS diz que incentivará empresas a adotarem energias renováveis

Segundo José da Paz, a finalidade do CIS é atrair novas empresas para geração de emprego e renda.

Laiane Cruz

Tomou posse nesta segunda-feira (6) o novo diretor do Centro Industrial do Subaé, em Feira de Santana. José da Paz Ribeiro Lima, de 52 anos, é natural de Santanópolis, formado em Contabilidade, e foi chefe de gabinete na gestão do ex-diretor Jairo Miranda.

Em entrevista ao Acorda Cidade, José da Paz afirmou que a parte estrutural do CIS está sendo organizada, com a aplicação do valor da taxa de manutenção que passou a valer a partir de agosto do ano passado, e também deverão ser reestruturados outros detalhes internos como a parte de Tecnologia da Informação (TI).

“Devo dar continuidade aos projetos que estão sendo implantados. Vamos fazer a manutenção dos núcleos baseados na taxa que foi arrecadada a partir de agosto do ano passado. Vamos melhorar a estrutura interna a nível de tecnologia e também botar em prática o projeto Recicla CIS , que já estava em andamento, que é a questão da coleta seletiva dos núcleos e também incentivar a adesão das empresas a energias renováveis como energia solar e eólica”, afirmou o novo diretor.

Segundo José da Paz, a finalidade do CIS é atrair novas empresas para geração de emprego e renda. Ele informou que o centro possui atualmente 89 empresas em processo de implantação aguardando área e, desse total de empresas, há um investimento de R$ 383 milhões, com uma geração de seis mil empregos diretos e dois mil empregos indiretos.

“Durante esses anos muitas indústrias fecharam, mas outras empresas novas abriram. Está faltando esse trabalho de verificar essas indústrias fechadas, e a gente está fazendo um censo para identificar isso e ver o que podemos fazer para reativá-las”, explicou.

Em relação à taxa de manutenção do CIS, ele destacou a sua importância. O dinheiro arrecadado deve ser aplicado 100% na manutenção do centro industrial. José da Paz explicou que neste momento em caixa há R$ 260 mil, valor que vem sendo arrecadado desde agosto do ano passado quando passou a vigorar o imposto.

“Não recebi de janeiro ainda, da BR 324 e Tomba. Mas algumas empresas ainda não conhecem sobre a taxa e vamos fazer um trabalho para melhorar essa arrecadação. O valor da taxa corresponde a 0,09 centavos por metro quadrado de área. As empresas de pequeno porte têm desconto de 50% se pagarem em dia. Esse dinheiro é voltado para a manutenção dos centros e só pagam as empresas que fazem parte dos núcleos do CIS”, informou.

O ex-diretor do CIS, Jairo Miranda, salientou que sua saída foi motivada por projetos pessoais, agradeceu a confiança do deputado Zé Neto, que o indicou para o cargo, e declarou que fez tudo o que foi possível durante a sua gestão.

“A minha saída foi boa para dar uma oxigenação com uma nova pessoa, que vem com outro gás, outro pensamento. Acho que foi um tempo bom e agradeço a confiança do deputado Zé Neto pela minha indicação. A gente sai, porém não com o sentimento de dever cumprido, porque em um cargo público a gente nunca faz o que é preciso, mas o que é possível. E eu saio com o sentimento de que fiz o que foi possível fazer”.

O presidente do Centro Industrial de Feira de Santana, André Régis, disse que hoje a preocupação dos empresários é com a imagem do núcleo industrial. Segundo ele, o CIS precisa estar bem cuidado e ter um bom funcionamento para que as empresas que estão instaladas no local possam desenvolver suas atividades normalmente e as interessadas em se instalar possam ter uma boa imagem e decidam investir na cidade.

“O CIS está precisando de melhorias. Temos problemas, principalmente no núcleo do Tomba, por falta de manutenção. Esses problemas precisam ser resolvidos porque atrapalham o dia a dia de funcionários, prestadores de serviços, investidores, e quem passa pelo núcleo industrial precisa ter uma imagem positiva”.

Ele avalia que a taxa impacta no caixa das empresas, sobretudo em função da crise econômica. E espera que o governo do estado desenvolva uma política mais forte de atração de novas empresas e que cuide da forma adequada para que o núcleo de feira esteja à altura da cidade e da região. “A crise econômica foi um duro golpe para as empresas, que tiveram que se reinventar e sobreviver. Já há sinais de melhoras, mas para voltar a caminhar ainda vai demorar”, avaliou.

O deputado estadual Zé Neto (PT), líder do governo na Assembleia Legislativa, que indicou José da Paz para o cargo, no lugar de Jairo Miranda, disse que o novo diretor é de extrema confiança do governo. Ele destacou que os centros industriais, não só em Feira como em toda a Bahia, estão passando por uma nova etapa de aproximação entre trabalhadores e empregadores.

“É o momento é fortalecer e fomentar o que chamamos de câmara técnica, para fazer com que trabalhadores e empregadores possam se reunir e discutir os assuntos do dia a dia do CIS de forma mais permanente. Esse é um trabalho que funcionou por um tempo e deu algum resultado, mas nós vimos um processo de perda de intensidade nesse processo e precisamos retornar”, ressaltou Zé Neto.

Com informações e fotos do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.